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Agricultura

Agroindústria cresce 3.000% em uma década no RS

A agroindústria é uma forma importante de aproveitar a mão de obra familiar e ajudar a manter o jovem no campo

O número de agroindústrias cresceu de forma significativa na última década no Rio Grande do Sul.  

A regulamentação da atividade, com um selo que identifica a origem e procedimento durante a fabricação, ajuda a valorizar os produtos de pequenas propriedades e expandir os negócios.  

Agroindústria é sinônimo de família

Uma queijaria em Ivoti, na Região Metropolitana de Porto Alegre, surgiu há 12 anos, mas nos últimos 7 anos, o Rodrigo Staudt e a família resolveram segmentar e se dedicam aos queijos finos de vaca e cabra.  

Já tem clientes em 42 cidades gaúchas e uma loja própria.

“O diferencial é o cuidado, uma vez que, como não é uma grande escala a gente consegue dedicar uma atenção maior a cada lote produzido, a cada produto e fazer essa rastreabilidade. hoje eu conheço todos os nossos fornecedores, de onde vem a nossa matéria-prima, e isso dá uma confiança maior para a nossa produção”, diz. 

O número de novos estabelecimentos cresceu mais de 3.000% em uma década.  

Segundo a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, em 2010, eram 116 agroindústrias registradas no estado. No ano passado, 3.830. 

Só neste ano já são 59 novos registros. 

Manter o jovem no campo 

A agroindústria é uma forma importante de aproveitar a mão de obra familiar e ajudar a manter o jovem no campo. 

Não é à toa que na última Expointer, por exemplo, 95 dos 337 empreendimentos tinham jovens no comando.

São estabelecimentos que produzem de tudo, desde embutidos, panificação, doces, temperos. grande parte dos produtos têm origem no que se cria ou planta na propriedade rural. 

“Para agregar valor ao produto, ter uma renda mais forte na agroindustrialização e trabalhar com aquilo que gosta que é a produção de alimentos. isso fascina as pessoas e eles estão se dedicando muito a isso. mas a gente diria que é muito forte a questão de trabalhar com seu próprio negócio e de agregar valor ao produto”, diz o presidente da Fetag, Carlos Joel

Entidades do setor tentam desburocratizar o processo de regularização. No estado, só é possível vender em feiras, por exemplo, com o selo de inspeção. 

No Rio Grande do Sul, a certificação recebe o nome de ‘selo do sabor gaúcho’ e atesta que tudo foi produzido dentro das normas. 

“Para iniciar a agroindústria ele vai precisar buscar recursos. hoje tem recursos que já financiam a agroindústria mas precisaria ter um fomento maior, com juros menores, mais alongado o prazo para ter os recursos que a gente pudesse manter a agroindústria. aquele recurso não para a construção mas que fosse para o fomento da agroindústria para comprar material, embalagem, para vender, teria que ser mais alongado. o agricultor que quer hoje ele tem que buscar. os sindicatos estão aí para ajudar, a emater tá aí para ajudar na questão das legislações para ver o que precisa, buscar as licenças no município e depois a certificação”, complementa Carlos Joel. 

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