A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS) lançam oficialmente, no dia 10 de junho, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, um plano emergencial e estruturante para ajudar a recuperar as atividades agropecuárias no estado em médio e longo prazos.
Em reunião híbrida realizada no dia 17 de maio, entre a Diretoria-Executiva da Embrapa, o seu Colegiado de Gestores e chefes-gerais dos sete centros de pesquisa da empresa na Região Sul – Clima Temperado, Florestas, Pecuária Sul, Soja, Suínos e Aves, Trigo e Uva e Vinho –, além de outras unidades, foram apresentadas ações que serão acrescidas à primeira versão do plano, anunciada pela instituição em 9 de maio.
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Plataforma de mitigação
Essas ações serão conduzidas pela “Plataforma para mitigação de efeitos dos eventos climáticos adversos na agropecuária da região Sul do Brasil”. A iniciativa teve sua pré-proposta elaborada e submetida pelos sete centros de pesquisa da Embrapa na Região em março deste ano, com foco mais amplo nos três estados do Sul, mas a atuação neste momento foi redirecionada para atender a situação de crise climática.
Segundo a presidente, Silvia Massruhá, e o diretor de Pesquisa e Inovação, Clenio Pillon, desde o anúncio do plano emergencial, vários avanços foram obtidos para orientar a atuação da Embrapa nas áreas mais afetadas pela crise climática. “Todas as estratégias que vão compor esse plano estão sendo construídas em parceria com órgãos dos governos federal, estadual e municipal e têm como objetivo aprimorar o diagnóstico dos impactos (áreas inundadas e deslizamentos) e definir regiões prioritárias para contribuir com a recuperação de atividades agropecuárias”, explicam.
“O plano emergencial está dentro do escopo da plataforma, mas estamos fazendo um recorte para o Rio Grande do Sul em função dessa situação”, explica Rosane Martinazzo, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Clima Temperado, centro de pesquisa que coordena a Plataforma. As ações estão sendo amplamente discutidas com outras instituições de pesquisa e de ensino federais, estaduais e municipais e entidades representativas do setor produtivo.
Foi criado também um comitê extraordinário para enfrentamento da crise no Rio Grande do Sul, presidido pelo diretor de Pesquisa e Inovação, que conta com chefes dos centros de pesquisa da Região, membros do Colegiado de Gestores e outros representantes da Embrapa.
O Zarc e as futuras projeções
Para o pesquisador José Eduardo Monteiro, da Embrapa Agricultura Digital, que também esteve presente à reunião, neste momento pós-catástrofe, não há como o Zarc contribuir. Mas a ferramenta pode ser extremamente importante para o redesenho de atividades futuras.
“É fundamental fortalecer a cultura da gestão de riscos climáticos no Brasil e conscientizar sobre a necessidade de planejamento e preparação com antecedência, antes do evento, para reduzir o risco de ocorrência ou os seus impactos”, ressaltou.
Segundo Monteiro, outra função determinante do Zarc é contribuir para ampliar a contratação de seguro rural, que ainda é muito baixo no Brasil, utilizado em apenas cerca de 20% das propriedades rurais.
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