Algumas regiões do Rio Grande do Sul estão passando pela 4ª estiagem consecutiva.
Com altas temperaturas em novembro e dezembro e poucas chuvas, algumas lavouras de milho já somam prejuízos acima de 70%.
A lavoura do produtor Vanderlei Fries, de São Pedro das Missões, no noroeste do estado, é uma realidade. Por lá, produtores retiram o milho que não tem mais salvação.
“São mais de 40 dias sem chuva”, diz.
A situação se repete em várias cidades do norte e noroeste do Rio Grande do Sul.
A Rede Técnica Cooperativa (RTC) estima que as lavouras de milho somam perdas na casa de 70% e dados coletados em 20 cooperativas mostram prejuízos acima de 50%.
A fase reprodutiva do milho é a que exige maior umidade.
É um período que dura de duas a três semanas e que define a produtividade.
Se não há chuva, a polinização fica afetada e as espigas que eram para se formarem bem ficam deficientes, com poucos grãos e sem valor comercial.
A Emater já estimou que a produtividade estadual vai cair 7%, passando de 7.337 quilos por hectare para 6.845 quilos por hectare.
Na região de Santa Rosa, que engloba 45 cidades, a situação varia.
As áreas com irrigação tem desenvolvimento melhor e no sequeiro as perdas são irreversíveis.
Em outras regiões do estado também são notadas algumas perdas no tabaco.