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Ferrugem asiática: clima úmido preocupa produtores de soja do Rio Grande do Sul

O fenômeno El Niño eleva o risco de incidência da doença

O início da safra de soja no Rio Grande do Sul está marcado por preocupações, já que o clima mais úmido favorece a propagação da ferrugem asiática, principal doença que afeta a cultura da soja. O fenômeno El Niño, responsável pelo aumento da umidade, eleva o risco de incidência da doença. A última safra, marcada pela estiagem, registrou apenas um terço dos casos de ferrugem asiática em comparação com ciclos anteriores.

O produtor Gil Pierre Martins, de Camaquã, destaca a importância da prevenção em um ano propício para a disseminação da doença. Ele ressalta que, conhecendo a probabilidade de infestação, é possível realizar aplicações preventivas com segurança.

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Como medida de prevenção, 72 cidades receberam coletores de esporos, instalados e monitorados pela Emater e secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Os dados coletados são disponibilizados aos produtores, permitindo visualizar as regiões de maior risco. O monitoramento, que ocorre há três anos, torna-se mais preciso com o aumento da área coberta no estado.

Ricardo Felicetti, diretor do departamento de defesa vegetal da Seapi, destaca a eficácia do programa Monitora Ferrugem, permitindo aplicações preventivas no início da infecção. A prevenção nessa fase inicial fortalece a resistência do fungo, diferentemente das aplicações calendarizadas convencionais.

Com características climáticas distintas, o estado se prepara para um risco maior de ocorrência da ferrugem asiática.

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