O sul do Brasil é a região responsável pela maior produção de maçãs do país, com a segunda maior área localizada no Rio Grande do Sul, ficando atrás somente de Santa Catarina. Com a expansão da cultura, novas ideias têm sido focadas em melhorar os processos de cultivo.
Nesse sentido, uma startup desenvolveu uma máquina inédita para a colheita da fruta.
A propriedade de Saday Scarioti em Caxias do Sul, na Serra, é um exemplo de uma produção que está na terceira geração da família, tendo iniciado com o pai de Saday e, hoje, conta com o filho Cristian, que acompanha a evolução do pomar. De acordo com Saday, o tipo de condução de planta mudou bastante ao longo dos anos.
Apesar de ter sofrido com a seca, a safra deste ano de variedades mais tardias, como a Fugi, desenvolveu-se bem e espera-se que a Serra Gaúcha colha pelo menos 480 mil toneladas da fruta.
A família Scarioti tem 14 hectares com três variedades e espera colher cerca de 600 toneladas de maçã, algo em torno de 30 quilos por pé.
Pensando nisso, dois jovens engenheiros desenvolveram uma máquina que faz a colheita mecanizada, reconhecendo a maçã em dimensão e profundidade com o uso de uma câmera de alta resolução. A posição das macieiras deve ser levada em conta para o funcionamento da máquina.
Segundo Tobias Grazziotin, sócio-fundador da startup responsável pela máquina, a ideia é que ela seja autônoma e consiga identificar tanto a maçã quanto a sua localização. Futuramente, é possível que um drone seja utilizado para fazer a identificação do pomar, a fim de saber a densidade e a localização exata das maçãs para otimizar a colheita.
Essa é a primeira máquina voltada para a colheita mecanizada de maçãs no mundo e está sendo testada diretamente no pomar. Embora existam outros tipos de colhedoras de maçã, todas elas necessitam da ajuda de mão de obra ou não possuem a tecnologia necessária para saber a hora certa da colheita, muitas vezes chacoalhando a macieira. A máquina desenvolvida pela startup promete revolucionar a produção de maçãs no país e no mundo.