Mais de 8 mil pessoas passaram pelo Parque da Cotricampo durante o primeiro dia de programação da Expoagro, que acontece em Campo Novo, no Rio Grande Sul.
O produtor gaúcho busca soluções para mitigar os impactos causados pela seca, a irrigação e o manejo do solo são algumas das alternativas apresentadas na feira para este enfrentamento.
A abertura do evento contou com a presença de lideranças do setor, representantes do cooperativismo e autoridades políticas que além de prestigiarem o evento confirmaram apoio aos gaúchos no enfrentamento da estiagem.
O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) está articulando ações junto ao governo federal e estadual pela proteção de vertentes das propriedades e aproveitamento das bacias hidrográficas para irrigação.
“Proteger a região com armazenamento de água, usar os rios quando eu posso, usar a água que sobra do inverno e falta no verão fazer poços artesianos, proteger as vertentes, então sair do nosso tempo, e açudes em app, que possa permitir que os produtores façam barramento de água em açudes em área de preservação permanente saídas existentes desde que os governos e a legislação não compliquem a vida do produtor, os produtores podem fazer, querem fazer e facilita a vida deles”, diz.
Uma das soluções apresentadas na Expoagro Cotricampo para amenizar os efeitos da crise hídrica, está no solo.
A raiz tem potencial de estruturar a terra, dando maior capacidade de infiltração de água e oxigênio.
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Isso significa que quanto mais profunda a raiz das culturas, maior é a resiliência da planta quanto ao stress provocado pela estiagem.
“Então esses bioporos que as raízes abrem no solo, eles ajudam a aumentar a taxa de infiltração no sol. a gente precisa aproveitar, fazer com que a água infiltre no solo ela entre para dentro do solo no momento da chuva, porque depois não se tem essa possibilidade a não ser que forneça água via irrigação.então é importante segurar a água onde e quando ela cai.então as raízes têm um papel muito importante na estruturação no aumento da porosidade do solo para um efetivo aproveitamento da água da chuva quando ela cai”, diz o analista da Embrapa Trigo, Marcelo Klein.
“A cada ano que vem passando a gente tem que inovar, de que forma a gente vai inovar, nós temos que buscar essas tecnologias que existem no mercado hoje, que hoje praticamente falando em agricultura, as empresas estão se dedicando a pesquisas para inovar pra suprir essas necessidades”, afirma o produtor Adonis Pletsch.
Uma estação meteorológica exclusiva do campo experimental Cotricampo registrou na tarde desta sexta-feira 100 milímetros de precipitação em uma hora.
De acordo com especialistas, um solo bem preparado para situações extremas de recepção dessa quantidade de água pode suportar mais de duas semanas de tempo seco.
“O solo é a base para que a gente enfrente tanto momentos de escassez de chuva quando de excesso porque a gente sabe que a gente tem influências climáticas que assim como agora a gente tá sofrendo com a escassez nesses anos de la nina quando vierem os anos de el nino o sul vai viver a mesma situação que estados mais acima do país estão vivendo hoje, com problemas de excesso de chuva.então da mesma forma a gente tem que ter um manejo conservacionista de solo muito bem”, explica Rodolfo Richter, coordenador técnico da Cotricampo.
