O Rio Grande do Sul é o maior produtor brasileiro de azeite de oliva. E a colheita da safra 22/23 começou oficialmente.
O estado tem mais de 230 produtores e premiações pela qualidade do azeite em países tradicionais no cultivo.
Ver pomares de oliva se tornou uma cena mais comum nos últimos anos no estado. O cultivo começou no estado há cerca de quinze anos e os bons resultados vem impulsionando o setor.
Encruzilhada do Sul, que fica no sudeste gaúcho, reúne características que dão qualidade ao azeite extravirgem. A cidade tem hoje a maior área plantada do estado.
Dos 6 mil hectares de olivais do Rio Grande do Sul, mil estão na cidade.
Há 2 anos, o Rio Grande do Sul tinha pouco mais de 100 produtores. Em 2019, o volume de azeite foi de 180 mil litros.
Nesta safra devem ser 500 mil litros, quase três vezes mais.
E para celebrar a abertura oficial da colheita, o governador do estado, Eduardo Leite, foi convidado. Ele prometeu estímulos ao setor, desde o plantio até a colheita.
Um dos fatores que motiva os produtores é a excelente qualidade dos azeites que saem desses pomares.
Só no ano passado foram 130 premiações em países como Grécia e Itália que tem tradição na produção.
Com isso, o Instituto Brasileiro de Olivicultura acredita que há potencial de que a área plantada atinja 10 mil hectares até 2025.
No Brasil são 500 olivicultores e 200 marcas de azeite extravirgem. Do total, 80% da produção está no Rio Grande do Sul.
O país é um grande consumidor, mas ainda precisa importar mais de 90% do que consome.
Políticas de incentivo e rotas turísticas podem ajudar a promover esse sabor aos paladares brasileiros. O desafio é mostrar ao consumidor a relação custo/benefício do azeite feito no Brasil.