A estiagem avança pelo Rio Grande do Sul e já faz com que produtores rurais mudem suas estratégias no trabalho de campo. Os dias secos e de calor já impactam diretamente na semeadura da soja e do milho primeira safra, conforme apontam os dados do boletim semanal da Emater.
+ Mais da metade da safra gaúcha de trigo já foi comercializada
Para a próxima semana, a Emater projeta apenas 10 milímetros de chuva para o Rio Grande do Sul, mas podendo variar para 20 milímetros no noroeste, que é o mais afetado pela estiagem. Tal cenário interfere no planejamento da safra de soja. Onde não houve chuvas, o plantio da oleaginosa só será retomado quando a umidade voltar, para evitar o replantio.
Por outro lado, onde houve umidade, o plantio avançou normalmente. No estado gaúcho, 85% da área projetada ja foi plantada. Com o efeito La Niña, o desenvolvimento das plantas também é afetado. Diante disso, produtores rurais já optam por cultivares de ciclo médio e longo para diminuir perdas.
Rio Grande do Sul: estiagem afeta soja e milho
No milho, a semeadura evoluiu apenas 1% ao decorrer da semana. Dessa forma, ela alcança 89% da área estimada para a atual safra no Rio Grande do Sul. A seca impacta a cultura especialmente no oeste e noroeste gaúcho.
Por causa da estiagem, a Emater reavaliou a produtividade em 416 municípios e a perda deve ser de 7%, passando de 7.337 para 6.845 quilos por hectare. Quatro são as regiões gaúchas com maior perda na produtividade de milho em decorrência das condições climáticas adversas:
- Bagé, com baixa de 25%;
- Santa Rosa, com 15%;
- Frederico Westphalen, com 10%;
- Ijuí, também com 10% de perdas.
Assim como o milho grão, o de silagem também já tem prejuízos consolidados. A estimativa atual da Emater é, todavia, de redução de 15 a 20% no Rio Grande do Sul.
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