Um vídeo que circula nas redes sociais nos últimos dias mostra integrantes do MST expulsando um fazendeiro de uma propriedade em Parauapebas, no sudeste do Pará.
A ação, que ocorreu em 20 de novembro, foi gravada e gerou revolta de produtores rurais nas redes sociais.
No vídeo, dois membros do MST, identificados como agentes de assistência social do movimento, informam ao casal que vivia na fazenda que eles precisam se retirar, pois a terra foi ocupada ‘após uma suposta negociação’.
O trabalhador da fazenda questiona sobre o destino do gado, e os integrantes do MST afirmam que não interfeririam, mas o casal não poderia levar os animais consigo. A integrante do movimento declara: “A terra foi ocupada. E a única coisa que a gente tá pedindo agora é que vocês se retirem do espaço porque está ocupado, entende? Questão de gado e de terra, isso já não compete mais a você e nem ao proprietário dessa terra.”
O MST alega que a área ocupada por 2 mil famílias é composta por fazendas improdutivas. Eles também afirmam que as famílias que viviam na fazenda trabalhavam em condições análogas à escravidão.
Em entrevista ao jornal O Liberal, a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) afirma que o estado possui inúmeros lotes destinados à reforma agrária que estão sem ocupação ou abandonados.
“O cumprimento da lei e a preservação do direito de propriedade são inegociáveis para a sociedade brasileira. Não podemos regredir ao sistema de barbárie comandada por marginais travestidos de ‘movimentos sociais’. Exigimos o cumprimento da lei”, afirma o diretor da Faepa, Guilherme Minssen.