O mercado atento aos desdobramentos do atrito entre governo federal e o Banco Central (BC). Em entrevista concedida na segunda-feira (13), o presidente da entidade monetária, Roberto Campos Neto, disse que é possível conciliar bem-estar social com juros baixos, mas diz ser contra alterar meta de inflação.
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Para este ano, a meta está estabelecida em 3,25%. Contudo, a inflação oficial brasileira está, atualmente, em 5,77%. A primeira reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) deste novo governo está marcada para ocorrer nesta quinta-feira (16).
Inflação na agenda de Lula
A agenda oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece dar atenção para a questão da inflação. Na manhã de hoje, por exemplo, constava uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para debaterem justamente a eventual mudança na meta.
Os detalhes sobre a conversa entre Lula e Haddad ainda não foram divulgados. Vale salientar, entretanto, que o presidente da República já indicou que considera uma meta de inflação entre 4% e 4,5% mais adequada. Na visão dele, isso ajudaria, inclusive, a baixar a taxa de juros do país.
Análise de Miguel Daoud
Atritos entre governo federal e o Banco Central, afirmação do presidente do BC sobre possibilidade de reduzir os juros e reunião entre Lula e Haddad sobre meta da inflação. Essas questões pautaram a participação do comentarista Miguel Daoud na edição desta terça-feira (14) do telejornal ‘Mercado & Companhia’ (vídeo acima).
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