No Brasil, a produção de soja é praticada do extremo sul do Rio Grande do Sul até o Estado de Roraima, no extremo norte. E, nesta extensão agrícola, há uma enorme variedade de condições climáticas e de solo que, caso o produtor não esteja preparado, pode afetar negativamente a produção.
“No país, as regiões produtoras de soja apresentam altitudes diversas, que podem superar os 800 metros sobre o nível do mar, o que representa uma alta variabilidade na temperatura e impacta diretamente no ciclo, nos riscos de acamamento e no surgimento de doenças como o mofo branco”, diz Everton Hiraoka, especialista de Desenvolvimento de Mercado de Soja para a América Latina da Bayer.
Hiraoka explica que “o extenso território da sojicultura também abrange diferentes texturas e tipos de solo. Solos mais arenosos possuem uma menor capacidade de armazenamento de água do que solos mais argilosos. A compactação do solo é um fator que pode limitar o desenvolvimento do sistema radicular e assim comprometer a disponibilidade de água para a cultura”. E há ainda os efeitos do El Niño e La Niña.
“Geralmente, os anos de El Niño são mais chuvosos nos Estados da região Sul e mais secos e quentes na região Norte/Centro-Oeste, sendo que o oposto ocorre em anos de La Niña”, alerta o especialista da Bayer. “Sem dúvidas, esta é a mais impactante fonte de variabilidade climática para a sojicultura brasileira, provocando mudanças abruptas no clima de um ano para outro e que são de complexa previsibilidade”.
Diante de um cenário natural tão desafiador para os agricultores que trabalham no Brasil, a Bayer desenvolveu diretrizes e produtos capazes de melhorar a performance da soja adaptada aos diferentes cenários enfrentados pelos agricultores.
“O Sistema de Plantio Direto, por exemplo, é uma prática incentivada pela Bayer há dezenas de anos e, juntamente com boas práticas de manejo e rotação de culturas, consegue maximizar a vida do solo, preservando suas camadas superficiais, evitando erosão e o protegendo das temperaturas mais extremas”, afirma Everton. “Trata-se de uma excelente prática conservacionista do solo e que contribui para a sustentabilidade do sistema de produção do agricultor. A palhada produzida pelo sistema de plantio direto ajuda a reduzir os riscos trazidos pelas instabilidades e adversidades do clima, como altas temperaturas e excesso de chuvas”.
Plataforma Intacta2 Xtend®
Segundo Everton Hiraoka, as biotecnologias lançadas pela Bayer (desde a soja RR até a Plataforma Intacta2 Xtend® também trouxeram melhores opções de manejo para o agricultor, mesmo em situações de grande adversidade climática.
“Quando associada a uma genética avançada que consegue atender as necessidades regionais e as particularidades de cada agricultor, a biotecnologia resulta em variedades com maior tolerância a problemas abióticos e doenças associadas a ambientes com variações de temperatura, estresse hídrico e umidade”, diz ele.
O especialista também explica que a agricultura digital promovida pela Bayer (e em especial pelo uso da ferramenta digital Climate FieldView) auxilia o sojicultor a ser mais preciso no manejo e no cuidado com a lavoura, aumentando a eficiência das intervenções.
“Se bem utilizadas, essas ferramentas da Bayer ajudam a proteger a cultura da soja das intempéries climáticas, maximizam a produtividade e contribuem para uma agricultura mais regenerativa e sustentável”.
Everton dá um exemplo concreto de como as tecnologias da Bayer ajudaram agricultores brasileiros ameaçados por adversidades climáticas:
“Produtores de soja nas regiões mais quentes do país estavam sofrendo com sérios problemas relacionados à ocorrência de lagartas e com a morte de plantas por causa da podridão negra da raiz, tudo potencializado pelas condições adversas de calor e seca. A Bayer lançou variedades com biotecnologia eficaz para, neste tipo de clima, combater insetos e a podridão negra da raiz. E esses produtos geraram um significativo incremento de produtividade”.
Técnicas para a lavoura de soja
Existem outras ações que o sojicultor pode adotar para proteger sua lavoura dos efeitos da adversidade climática no Brasil. “A irrigação é uma ação que pode ajudar a minimizar as adversidades climáticas relacionadas principalmente ao estresse hídrico”, relata Everton.
“O maior escalonamento de semeadura, por sua vez, também ajuda a mitigar os eventuais riscos associados no período crítico da cultura. E a utilização de diferentes variedades e com diferentes grupos de maturação também contribui para uma maior estabilidade ao longo dos anos. Mas, obviamente, o mais importante é seguir sempre as recomendações agronômicas de um técnico capacitado e de confiança”, finaliza.