A desaceleração da economia mundial criou um movimento de baixa nas taxas de juros e, consequentemente, de elevação no dólar. Agora, com o anúncio de que China e Estados Unidos chegaram a um consenso sobre a fase um do acordo comercial, começa-se a desarmar a “bomba” e a tendência é de que o dólar caia em relação ao real e a outras moedas, afirma o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz.
“Mas é a primeira fase[ do acordo], tem muita água para passar debaixo da ponte. Ainda podem acontecer avanços e retrocessos, não há motivo para pânico”, diz. Para ele, o acordo é curto para as cotações no curto prazo, mas pode ser benéfico no longo.
Da Luz afirma que a tendência de preços só deve ser definida após a divulgação dos termos da fase um, de forma que o mercado saiba quão profundos são os avanços.
Em sua análise, ele lembra recomendações feitas meses antes para que produtores travassem os preços e diz que o melhor momento para negociar a safra já passou. “Atividades empresariais, como a agricultura, são diferentes de uma bolsa de valores, onde as decisões são tomadas a cada segundo. Não é assim que se deve gerir o negócio”, argumenta.