Durante o 14º Encontro de Previsão de Safra, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em Brasília, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, chamou a atenção para a campanha que o Brasil está sofrendo, especialmente na União Europeia, contra os produtos agropecuários brasileiros.
“Eles estão nos olhando com lupa, mas é protecionismo. Temos que ter todo o cuidado para que eles não achem motivo para punir o Brasil. Existe uma campanha clara contra o Brasil por causa do nosso tamanho e das nossas possibilidades de expandir”.
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Tereza Cristina voltou a citar o que considera um “mantra” para o setor: “o Brasil é a maior potência agroambiental do mundo, e a nossa agricultura é sustentável”. Ela garantiu que irá trabalhar de maneira firme para consolidar o funcionamento do Código Florestal e do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no país. “A hora que tivemos isso vamos calar a boca do mundo, porque ninguém tem uma ferramenta como esta”, disse.
Demanda chinesa
Tereza Cristina disse ainda que a relação do Brasil com a China é sólida e que o acordo do país asiático com os Estados Unidos não terá reflexos “catastróficos” para o Brasil.
“Sou otimista, penso nas oportunidades que as crises podem trazer em certos momentos”, disse a ministra, ao participar do 14º Encontro de Previsão de Safra, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em Brasília.
14º Encontro de Previsão de Safra, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). A mensagem do @govbr do presidente @jairbolsonaro é de otimismo. Agradeço ao setor produtivo pelo apoio. #agro pic.twitter.com/4lMFTcNNBG
— Tereza Cristina (@TerezaCrisMS) February 14, 2020
Ela ressaltou que o mercado de soja já é conhecido e que a soja produzida hoje já está precificada e vendida. A ministra também lembrou que o Ministério da Agricultura está trabalhando intensivamente para abrir novos mercados e aumentar a base para a exportação do Brasil.
“A soja e o milho são importantíssimos, mas temos outras coisas e temos que diversificar a nossa pauta para a nossa balança comercial”.
Coronavírus
A ministra também afirmou que é preciso analisar com cautela os possíveis impactos que o novo coronavírus poderá trazer para a agricultura. Ela lembrou que a China tem 1,3 bilhão de habitantes, e que continuará demandando por alimentos.
“São conjunturas momentâneas, mas que temos que analisar com a devida cautela e com um cenário maior e não pontual. Temos que ter muita cautela e responsabilidade, porque os mercados são nervosos”, disse.