A adubação biológica é uma das práticas conservacionistas que atua diretamente nas causas da compactação do solo, repondo a biodiversidade característica do ambiente no solo e recuperando boa parte dos processos naturais, como a reestruturação do solo. Foi buscando esta reestruturação que produtores brasileiros, paraguaios, uruguaios, argentinos e bolivianos vêm aderindo ao adubo biológico.
A adesão à prática e as áreas atendidas cresceram mais de 11% de 2014 para 2015 em toda a América Latina. A técnica hoje está presente em 2,4 milhões de hectares na região.
A baixa produtividade, problemas no enraizamento, baixa eficiência dos fertilizantes, baixa resistência à seca, aumento do ataque de pragas e doenças são alguns problemas causados pela compactação do solo. Por isso, a adubação biológica se torna uma alternativa. O crescimento da adubação biológica está ligado diretamente à percepção produtor rural, que deixou de fazer uso intensivo dos solos para a produção agrícola sem a adoção de técnicas conservacionistas.
“É uma evolução verde. Hoje, há necessidade de reestruturação do solo em geral. Com uma adubação biológica podemos reestabelecer ganhos para a agricultura brasileira em geral, seja orgânica ou convencional”, afirma Leandro Suppia, Diretor Comercial da Microbiol.
A técnica tem sido a solução de baixo custo para mais de quatro mil agricultores no Brasil e em estados como no Rio Grande do Sul com mais de 50 mil hectares adubados com a técnica. De acordo com o agricultor gaúcho Adroaldo Girotto, de Palmeira das Missões (320 km de Porto Alegre) adotou a prática e já comemora os resultados.
“Comecei aplicando a adubação biológica em 40% da propriedade há dois anos e agora vamos passar para 100% devido à qualidade da terra e do aumento da produção. Tivemos aumento de 10,8 sacos por hectare em relação ao ano anterior”, declarou Girotto.