Agricultura

Ainda é cedo para falar em crise no mercado de fertilizantes, diz CNA

Segundo assessor técnico da entidade, grande parte das lavouras de 2ª safra já estão com produtos prontos para serem aplicados

O mercado de fertilizantes entrou no radar dos produtores rurais após os conflitos entre Rússia e Ucrânia se consolidarem nesta quinta-feira (24). Apesar da apreensão da alta nos preços, o assessor técnico da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lucas Martins, acredita que a valorização pode não se concretizar.

“Ainda é cedo para falar em crise no mercado de fertilizantes, precisamos esperar os desdobramentos desse conflito. A produção de fertilizantes depende muito de gás natural e essa commodity convive com volatilidade nos preços há um bom tempo”, pontua. 

O assessor da CNA complementa dizendo que grande parte as lavouras de 2ª safra já estão com produtos prontos para serem aplicados, e os produtores ainda devem ir ao mercado para recorrer aos fertilizantes da safra 2022/23. No entanto, Martins avalia que o percentual de compras antecipadas vem diminuindo a cada temporada. 

“Muitos produtores esperam o mau momento do mercado, como restrições com a pandemia e alta do dólar. Havia uma tendência de queda no preço dos fertilizantes, mas diante do conflito entre russos e ucranianos, a situação pode se inverter. Por isso os produtores devem entender como vão efetuar as compras para as próximas safras”, destaca.