A colheita de arroz no Rio Grande do Sul já atingiu 10% da área cultivada no estado e está em um ritmo normal em relação aos anos anteriores. Segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a produtividade se aproxima do recorde histórico do ano passado: 168 sacas por hectare.
O presidente do Irga, Ivan Bonetti, relata que mesmo com as dificuldades climáticas decorrentes do fenômeno La Niña, a cultura do arroz tem sido favorecida.
“A estiagem no Rio Grande do Sul geralmente é nos primeiros meses do ano, em janeiro e fevereiro, mas desta vez ela se manifestou de forma antecipada, em meados de novembro e dezembro do ano passado. Isso afetou os mananciais de água das lavouras, barragens e os níveis dos rios. Prevíamos inicialmente uma área de 970 mil hectares e devido a esses fatores, o produtor teve que fazer redução diária por causa da pouca disponibilidade de água em algumas regiões do estado, e então fechou em 944 mil hectares. Desde então, a precipitação e o clima tem sido favoráveis à cultura do arroz”, diz Bonetti.
O presidente do instituto ainda estima uma produtividade acima da média histórica. “Ano passado foi um recorde histórico 8,4 mil quilos por hectare, sendo que a média normal para o estado é de 8 mil hectares. Este ano até o momento estamos com média próxima de 8,5 mil quilos por hectare. Contudo, as lavouras mais tardias que ainda serão colhidas em abril, a tendência é de diminuição da produtividade. O Irga estima uma produtividade final pouco abaixo da produtividade do ano passado porém acima da média histórica. Podemos considerar uma excelente produtividade de arroz para essa safra 2020/2021”, pondera.
Segundo Ivan Bonetti, o Rio Grande do Sul está em bandeira preta, devendo permanecer em todo o estado devido às complicações da pandemia do coronavírus. “Até o momento a gente não um prejuízos da colheita em função do covid-19. É claro que há um trabalho redobrado, o produtor e os funcionários precisam trabalhar dentro das especificações para evitar contaminação, mas até o momento não temos relatos de que a covid-19 possa ter dificultado ou atrasado a colheita da cultura do arroz”, conclui.