TERRA DO CACAU

Brasil é reconhecido como exportador de cacau de alta qualidade

O cacau de alta qualidade, com uma fragrância distinta, é reconhecido por oferecer uma ampla gama de sabores únicos

O Brasil conquistou, mais uma vez, o reconhecimento como país exportador de cacau com 100% de qualidade.

Durante um painel realizado recentemente em Madagascar, na África Ocidental, pelo Conselho Internacional de Cacau, o Brasil recebeu aprovação unânime.

Neste evento significativo, o Brasil foi recomendado internacionalmente como o exportador exclusivo desse produto cobiçado.

O cacau de alta qualidade, com uma fragrância distinta, é reconhecido por oferecer uma ampla gama de sabores únicos, que variam de frutados a florais e amadeirados, entre outros. Essa classificação considera a procedência (“terroir”) do cacau, suas características genéticas e a qualidade do processo de fermentação das sementes.

A comercialização global de cacau e chocolate premium atende a um segmento de mercado específico e representa menos de 5% do volume total negociado entre as nações. No entanto, esses produtos possuem um valor significativamente mais alto no mercado, podendo ser até três vezes mais caros em comparação ao cacau convencional ou vendido a granel, conhecido como “bulk”.

Além disso, o dinamismo da indústria brasileira do setor foi destacado, especialmente as características únicas do cacau proveniente do bioma amazônico.

Representantes brasileiros, incluindo pesquisadores renomados, estiveram presentes no encontro para defender a qualidade do cacau exportado. Entre eles, o representante da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vinculada à Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI).

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, esse reconhecimento reforça o compromisso contínuo do Brasil em manter-se como líder na produção e exportação de cacau de alta qualidade.

Para a secretária da SDI, Renata Miranda, a conquista reforça o comprometimento com a inovação e a sustentabilidade da produção cacaueira.

“Temos grandes oportunidades de mercado com o cacau brasileiro – o único que integra o alto nível de qualidade reconhecido neste momento, como também práticas socioambientais únicas no mundo”, declarou.

A reunião, promovida com representantes e pesquisadores dos países exportadores do ramo, deliberou sobre a revisão do anexo “C” do Acordo Internacional do Cacau, de 2010.

Com isso, o conselho avaliou as especificidades do produto de 29 países da América do Sul, América do Norte, África, Europa, Ásia e Oceania, e destes, somente oito tiveram aprovação total.

Nos relatórios também foram observadas a economia sustentável, a viabilidade econômica e a responsabilidade social em todas as fases da cadeia de produção.