A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações de quarta-feira (11) com preços acentuadamente mais baixos. Na comparação com o fechamento do dia anterior, a desvalorização foi de cerca de 5%.
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Os preços despencaram mais uma vez, rompendo suportes, derrubando a linha de US$ 1,50 a libra-peso e se aproximando de US$ 1,40 na posição março. No gráfico do mercado contínuo para a primeira posição, as cotações caíram aos patamares mais baixos desde o começo de maio de 2021. Ou seja: em Nova York, o preço do café alcançou os níveis mais baixos em 20 meses.
As indicações contínuas de um clima benéfico no Brasil, com chuvas regulares em janeiro previstas, pesam sobre as cotações. Assim, o mercado cada vez mais consolida a ideia de que o país, maior produtor e exportador global de café, deve confirmar uma grande safra em 2023. Dessa forma, diante de uma perspectiva de oferta robusta, os preços recuam.
A subida contínua dos estoques certificados na Bolsa de NY também é citada por traders como aspecto baixista, trazendo um sentimento de folga na oferta de curto prazo.
Contratos futuros do café
Os contratos com entrega em março de 2023 fecharam a quarta-feira, na Bolsa de Nova York, a 143,90 centavos de dólar por libra-peso, queda de 7,00 centavos — ou de 4,6%. Além disso, a posição para maio deste ano fechou a 144,70 centavos, desvalorização de 6,90 centavos (ou -4,5%).
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