Produtores de café afetados pela seca e por chuvas de granizo em 2020 terão mais recursos à disposição para financiarem a recuperação das lavouras. O Conselho Monetário Nacional (CMN) liberou R$ 150 milhões em linhas de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a recuperação de cafezais danificados.
Os recursos vieram do remanejamento de diversas linhas do Funcafé. Com a decisão, o orçamento da linha saltou de R$ 10 milhões para R$ 160 milhões.
Segundo o Ministério da Economia, a medida ocorre para ajudar a recomposição de cafezais, nas principais regiões produtoras, afetados por intempéries climáticas. Em nota, a pasta informou que a estiagem em algumas regiões e a chuva de granizou em outras não apenas comprometeram a safra de 2021 como poderiam afetar a produtividade na safra de 2022.
- Café: Rabobank vê preço em NY entre US$ 1,12 e US$ 1,20 por bushel em 2021
- Café: inseticida promete combater o bicho-mineiro com 2 novos ingredientes ativos
Os R$ 150 milhões saíram de linhas de crédito do Funcafé que executaram menos que o previsto. A maior parte, R$ 91,5 milhões, veio do orçamento para linhas de comercialização do produto. Os demais valores foram remanejados dos seguintes programas: R$ 39 milhões de linhas de aquisição de café e R$ 19,5 milhões de linhas de capital de giro para cooperativas, indústrias de café solúvel e de torrefação.
Em nota, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) informou que a liberação dos recursos para os cafezais afetados pela seca e pelos temporais de granizo representa uma grande conquista. A entidade fez o pedido em outubro e a decisão foi aprovada pelo Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC).