Café

Venda de café no Brasil deve crescer 3,5% por ano até 2021, diz estudo

Caso esse número se concretize, o consumo interno de 2021 alcançará 23,3 milhões de sacas. A pesquisa é uma parceria entre a Associação Brasileira da Indústria de Café e a empresa Euromonitor

Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

A expectativa para as vendas do café nos próximos anos continua sendo de crescimento. A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) apresentou nesta quarta-feira, 6, um estudo da Euromonitor, que estima crescimento anual em 3,5%, em média, até 2021. Caso esse número se concretize, o consumo interno de 2021 alcançará 23,3 milhões de sacas.

“A qualidade continua extremamente importante, a retomada do poder aquisitivo dos brasileiros deve resultar em mais estabelecimentos como cafeterias, e o componente de benefício para a saúde é fundamental. Há cada vez mais estudos confirmando o benefício do café para a saúde, o que estimula muito o consumo entre jovens”, afirmou o diretor executivo da Abic, Nathan Herszkowicz.

A Euromonitor também estimou que, até 2021, o café em pó terá ligeira queda na participação do mercado, enquanto o grão torrado e as cápsulas devem crescer. O dado é confirmado pelo levantamento da Abic, que mostra um espaço cada vez maior de cafés considerados “superiores” ou “gourmets” nas gôndolas de supermercados.

Nova call to action

De acordo com Herszkovicz, a expectativa para a safra 2018/2019 de café no Brasil também têm sido positiva. “As notícias são boas em geral, tanto em Minas Gerais quanto no Espírito Santo que, mesmo com o calor, não foi no Estado todo”, disse. “A Bahia vai muito bem, Rondônia também – estão muito estimulados com o robusta amazônico de lá”, continuou o executivo, finalizando: “E não acho que haja excedente na safra mundial.”

O diretor da Abic também acredita ser possível que o Brasil possa começar a exportar mais café torrado e moído, o que tem sido um desafio. A justificativa seria o investimento de empresas no país, como a Nestlé e a 3Corações, que abriram fábricas nos últimos anos. “Somos provedores do mercado interno, e a exportação de café torrado e moído não anda para a frente. Mas acredito que esses investimentos possam resultar em um crescimento”, concluiu.

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