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Etanol: isolamento social preocupa produtores do setor; entenda

Neste momento de baixo consumo, parte da produção processada vai para estoque, demandando capital para suportar as despesas da cadeia produtiva

colheita de cana-de-açúcar
Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT

A queda do consumo de etanol e petróleo no mundo, devido às medidas de isolamento em diversos países em razão da pandemia, acende um sinal de alerta para o setor sucroenergético, segundo o Coordenador Técnico da Comissão Especial de Cana de Acúcar da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Gustavo Chavaglia.

O coordenador lembra que o setor produz, além do etanol, açúcar, energia elétrica e outros alcoois. “Neste momento de baixo consumo, parte da produção processada vai para estoque, demandando capital para suportar as despesas com funcionários, insumos fornecedores e parceiros”, disse.

Segundo Chavaglia, com o menor consumo e maior estoque, serão necessárias linhas de crédito para que as usinas suportem o custo do estoque, até que a economia retome os padrões normais.

Em um ambiente normal, cerca de 20% das usinas já se encontravam com dificuldades financeiras, mas a situação se tornou mais vulnerável com o agravamento da pandemia.

Gustavo finaliza esclarecendo que “quanto ao produtor rural e fornecedor de cana de açúcar os reflexos irão comprometer investimentos e fluxo de caixa, pois todos os produtores serão impactados e os pequenos e médios produtores poderão ser os mais afetados”.

A Faesp se disponibilizou para encontrar os meios necessários para incentivar o consumo do etanol nos veículos do estado de São Paulo a fim de evitar uma crise ainda maior no setor que, além da produção de energia limpa, é um segmento que emprega milhares de pessoas.