Mais um passo foi dado para o Brasil ganhar o mercado da China na venda de milho e farelo de soja. Em reunião realizada nesta sexta-feira (5) em Brasília, representantes de Pequim confirmaram a produtores rurais a derrubada de protocolos para a exportação. Dessa forma, os dois produtos poderão ser exportados ao país asiático ainda em 2022.
A informação sobre a decisão chinesa em favor dos produtos brasileiros foi confirmada por Glauber Silveira, comentarista do Canal Rural. Ele, que esteve presente na reunião, destacou que a nova estratégia definida por Pequim já era esperada. Segundo ele, a liberação facilitará os embarques da atual safra — sendo que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não teria como validar os protocolos que eram impostos até então.
“É mais um mercado que se abre” — Glauber Silveira
“A notícia é a seguinte: já podemos mandar farelo de soja e milho para a China”, garantiu Silveira ao participar do telejornal ‘Mercado & Companhia’. “É muito positivo. É mais um mercado que se abre”, prosseguiu. Com a autorização por parte dos chineses, ele destacou que para a exportação dos dois produtos ter início só falta um passo: a realização de cadastro por parte das empresas brasileiras.
China voltará com exigências em 2023
A liberação sem a comprovação de que a produção do Brasil de farelo de soja e milho segue protocolos registrados previamente pela China valerá, no entanto, somente para este ano — justamente no momento em que as tensões entre chineses e norte-americanos se agravam por causa de Taiwan. Tais exigências voltarão a existir no ano que vem, pontuou Glauber Silveira.
“Para 2023, o governo brasileiro vai ter que cumprir todas as etapas do protocolo”, alertou o comentarista do Canal Rural.