O vice-ministro de Agricultura e Assuntos Rurais da China, Qu Dongyu, foi eleito neste domingo, dia 23, o novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Na sexta, dia 21, após se reunir com Dongyu em Roma, onde acontece a 41ª conferência da entidade, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, comprometeu-se a trabalhar para convencer os representantes de outros países a votarem no então candidato chinês.
Para o Brasil, contou a favor de Dongyu sua defesa do uso de tecnologia para fortalecer a agricultura e a promessa de, se eleito, garantir maior apoio da FAO aos estados membros. O chinês prometeu ainda criar programas específicos para mulheres e jovens agricultores.
O candidato chinês recebeu 108 dos 191 votos totais e venceu, já no primeiro turno, os representantes da França, Catherine Geslain-Lanéelle, e da Geórgia, David Kirvalidze.
Entra no lugar de um brasileiro
Nascido em 1963, Dongyu vai substituir o brasileiro José Graziano que, desde 2012, comandava a organização por dois mandatos sucessivos. Defensor de maior alinhamento das políticas da FAO com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, o chinês contou com o apoio de países como Brasil, Argentina e Uruguai.
Ele será o nono diretor-geral desde que a organização foi fundada. Seu mandato terá início em 1º de agosto de 2019, com previsão de término em 31 de julho de 2023.
O que a instituição faz?
Criada em 1945, a FAO atua como uma organização intergovernamental na qual os 194 países-membros, mais a Comunidade Europeia como bloco único, discutem e estabelecem normas internacionais, negociando acordos e promovendo iniciativas estratégicas de modernização das atividades agrícolas, florestais e pesqueiras com o objetivo de erradicar a fome no mundo e garantir a segurança alimentar.