A humanidade começou a plantar há mais de 10 mil anos, mas só começou a vencer a batalha contra as pragas cerca de 60 anos atrás, com a invenção dos defensivos agrícolas. Apesar do papel fundamental no desenvolvimento da sociedade, os agrotóxicos são vistos como vilões.
Segundo o jornalista e escritor Nicholas Vital, autor do livro “Agradeça aos Agrotóxicos por Estar Vivo”, ocupados em alimentar o mundo, os agricultores pecaram na comunicação. “Deixando a história ser contada por ambientalistas”, diz. Ele afirma que associações acordaram para essa realidade. “Mas estamos perdendo de 5 a 0”, afirma.
O resultado disso se reflete na pesquisa divulgada pelo Datafolha: de acordo com o instituto, 78% da população acredita que o consumo de alimentos que foram cultivados com uso de agrotóxicos não é seguro para a saúde.
Outra inverdade, segundo o escritor, é que o Brasil usa agroquímicos demais. Segundo levantamento da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Brasil ocupa a 44º posição no ranking de uso de defensivos agrícolas.
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“As pessoas da cidade tem pouca ligação com o campo, acham que o produtor usa defensivos porque quer. O sonho do agricultor é não usar, porque é uma tecnologia cara, que pesa muito sobre os custos. Então, ele usa com muita responsabilidade”, diz.
Vital diz que a celeridade no registro de novos defensivos é muito positiva e deve gerar, justamente, o efeito contrário do que os críticos alegam: “O agro terá acesso a produtos mais novos e menos tóxicos”, finaliza.