A espera para descarregar fertilizantes nos portos de Paranaguá e Antonina já chega a 60 dias. Ao todo, são 22 navios, com mais de 644 mil toneladas do produto que não conseguem entrar no mercado brasileiro.
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Apesar do movimento de greve de auditores da Receita Federal, a fila de espera em Paranaguá e Antonina não tem relação com o protesto. O movimento de compras antecipadas de fertilizantes elevou o ritmo de importações no porto, que vem crescendo desde o início do ano. Além disso, a guerra na Ucrânia que impactou o mercado mundial de fertilizantes tem relação com o cenário, segundo a Portos do Paraná, empresa que administra os dois terminais.
“Pelo momento do mercado do produto, esse tempo e a quantidade de navios é considerada normal. Estamos atracando e operando com a mesma produtividade e eficiência”, destaca a empresa.
Segundo a Portos do Paraná, apenas no primeiro trimestre deste ano, foram descarregadas pouco mais de 3 milhões de toneladas de fertilizantes, com elevação de 26% sobre as 2,4 milhões de toneladas importadas no mesmo período do ano passado. No mês de março, o volume importado pelo porto cresceu 20%, com 867,9 mil toneladas. Em fevereiro, a alta foi mais expressiva, com elevação de 43% sobre o mesmo período em 2021, totalizando 1,3 milhão de toneladas.
Neste momento, cinco navios estão descarregando fertilizantes e mais quatro estão programados para os próximos dias. Ainda de acordo com a empresa portuária, no cais público do Porto de Paranaguá são três berços preferenciais para os navios carregados de fertilizante. Os navios com este tipo de carga ainda podem atracar e descarregar por qualquer outro berço do cais público que não esteja ocupado.
“Na descarga e operação dos produtos, os portos se destacam pela produtividade. O Porto de Paranaguá tem uma das melhores pranchas médias operacionais para o desembarque dos produtos entre os portos brasileiros”, destaca o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.