Agricultura

Estados Unidos vão comprar grãos ucranianos para programa da ONU

O acordo de exportação de grãos de julho, intermediado pelas Nações Unidas e pela Turquia, vem ganhando força nos últimos dias

A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) está gastando mais de US$ 68 milhões para comprar e enviar grãos ucranianos. Este é o maior acordo de exportação desse tipo desde a invasão russa e o acordo de julho para permitir novos embarques dos portos ucranianos do Mar Negro.

A Usaid está fornecendo os recursos para o Programa Alimentar Mundial, uma agência das Nações Unidas que historicamente obtém a maior parte de seus grãos da Ucrânia, para comprar, enviar e armazenar até 150 mil toneladas de trigo. Em 2022 até agora, os Estados Unidos forneceram US$ 4,8 bilhões para a agência da ONU, mais do que em qualquer outro ano.

O acordo de exportação de grãos de julho, intermediado pelas Nações Unidas e pela Turquia, vem ganhando força nos últimos dias, com a maior movimentação de navios entrando e saindo dos portos ucranianos. Mais cinco navios deixaram a Ucrânia na terça-feira (16), no maior comboio desde que o acordo foi assinado.

Estados Unidos, ONU e Turquia

rússia e ucrânia - acordo para exportações de grãos
O secretário-geral da ONU, António Guterres [esquerda], e o presidente turco, Recep Erdogan, celebram acordo entre russos e ucranianos | Foto: Reprodução/Twitter
Outros quatro navios deveriam ser inspecionados em Istambul (maior cidade da Turquia) a caminho da Ucrânia, segundo o Ministério da Defesa turco. Os embarques aumentaram as esperanças de que o corredor de grãos do Mar Negro possa cumprir a meta da ONU de aliviar uma crise alimentar global causada em parte pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

Com a invasão em fevereiro, milhões de toneladas de grãos e outros alimentos ficaram retidas na Ucrânia, contribuindo para um aumento nos preços mundiais dos alimentos. Antes da guerra, a Ucrânia exportava cerca de 10% do trigo do mundo e era um fornecedor importante para países do Oriente Médio, África e Ásia, onde a crise alimentar tem sido mais grave.