O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) vai investir US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão) na produção de fertilizantes nos Estados Unidos. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (11).
De acordo com o USDA, o objetivo é tentar diminuir os custos dos insumos, que foram fortemente impactados pelas sanções impostas à Rússia, além de estimular a concorrência no país.
O recurso é de um fundo de crédito (Commodity Credit Corporation), criado em setembro do ano passado, para situações de emergência no mercado.
“As recentes interrupções na cadeia de suprimentos devido à pandemia e à guerra mostraram a importância de investir na produção doméstica de fertilizantes”, disse o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack.
Segundo o Vilsack, os preços dos fertilizantes nos Estados Unidos mais que dobraram desde o ano passado devido a pandemia, a oferta limitada de minerais e os altos custos de energia.
Atualmente, o país é o segundo ou terceiro maior importador de cada um dos três principais componentes de fertilizantes: nitrogênio, fósforo e potássio.
Os principais produtores de fertilizantes incluem China, Rússia, Canadá e Marrocos, com a Bielorrússia também fornecendo uma parcela significativa de potássio.
Programa
Segundo o USDA, o dinheiro será usado para apoiar produtores independentes de fertilizantes, tentando estimular a concorrência em um ‘mercado altamente concentrado’.
O recurso também só será aplicado em empresas americanas, o objetivo, de acordo com o USDA, é buscar a independência no setor e gerar empregos nos Estados Unidos.
O programa, ainda segundo o USDA, vai privilegiar tecnologias e fórmulas inovadoras, a ideia é ‘impulsionar a próxima geração de fertilizantes’, quanto mais sustentável, maior a chance da empresa receber o recurso.
Os detalhes sobre o investimento serão anunciados no verão deste ano, antes do início da safra.
Segundo o USDA, o projeto faz parte do esforço do governo para promover a concorrência, inclusive nos mercados agrícolas.
“Estruturas de mercado concentradas e práticas potencialmente anticompetitivas punem os agricultores, empresas e consumidores dos Estados Unidos, que precisam enfrentar custos elevados, tornando mais difícil a vida daqueles que cultivam nossos alimentos”, diz o secretário Vilsack.