Agricultura

Governo quer ‘escancarar’ o agro para a iniciativa privada

Secretário adjunto da Secretaria de Políticas Agrícolas do Mapa, José Ângelo Mazzillo falou de incentivar o crédito para o setor

O governo federal tem trabalhado para fazer com que empresas da iniciativa privada se interessem em liberar créditos e destinar investimentos para o agronegócio do país. A estratégia foi destacada nesta terça-feira (26) pelo secretário adjunto da Secretaria de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Ângelo Mazzillo.

“Nossa pegada é melhorar o mercado de crédito privado no agronegócio”, afirmou o secretário ao ser entrevistado pelo telejornal ‘Mercado & Companhia’, do Canal Rural. “Temos o Plano Safra, que leva dinheiro, com algum subvenção do governo, mas estamos trabalhando muito firme para, literalmente, escancarar o agro para as finanças privadas; e as finanças privadas para o agronegócio”, continuou Mazzillo.

Para isso, o integrante do Mapa citou duas mudanças recentes na legislação. A primeira permite que os Fundos Garantidores Solidários (FGS) sejam usados em qualquer operação financeira relacionada à atividade empresarial rural. A outra, que foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro na última semana, permite a garantia de títulos por meio da Cédula de Produto Rural (CPR).

“Melhorando a CPR, que é um instrumento que o produtor emite para pegar dinheiro” — José Ângelo Mazzillo

“Melhorando o FGS, que é uma forma de garantia de operação de crédito. Melhorando a CPR, que é um instrumento que o produtor emite para pegar dinheiro. E melhorando, por exemplo, o CRA [Certificado de Recebimento do Agronegócio], que é onde as pessoas da cidade vão botar dinheiro no agro, a gente melhora o circuito e melhora essa via de crédito privado cada vez mais para o produtor rural”, disse o secretário do Mapa.

Benefícios para o agro

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Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Ao conversar com a jornalista Pryscilla Paiva, apresentadora do ‘Mercado & Companhia’, José Ângelo Mazzillo listou os benefícios que, de acordo com ele, os produtores rurais passam a ter com as mudanças legais envolvendo os FGS e a CPR. Durante a entrevista, ele elencou cinco tópicos:

  1. A CPR está com a constituição de garantia mais fácil;
  2. Está mais fácil assinar a CPR, inclusive de forma eletrônica;
  3. Os trâmites cartorários estão mais fáceis;
  4. Possibilidade de a CPR ajudar a financiar serviços ambientais;
  5. Possibilidade da CPR ser emitida por quem produz insumo agropecuário, assim como que fabrica ou comercializa máquinas agrícolas.

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