O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,04% em fevereiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na manhã desta terça-feira (7). Em termos percentuais, o café em grão chamou a atenção no período. Isso porque, no comparativo com janeiro, a inflação do produto foi de 10,07%.
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O Termômetro CMA esperava estabilidade. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,06%. Com este resultado, o índice acumula alta de 0,09% no ano e de 1,53% em 12 meses. Em fevereiro de 2022, o índice havia subido 1,50% e acumulava elevação de 15,35% em 12 meses.
Apesar da queda menos intensa registrada pelo índice ao produtor (de -0,19% para -0,04%), os demais índices componentes do indicador geral desaceleraram, mantendo praticamente estável a variação média do IGP-DI. A inflação ao consumidor (de 0,80% para 0,34%) recuou dada a desaceleração do grupo educação, leitura e recreação.
“E a inflação para a construção civil (de 0,46% para 0,05%) cedeu diante da alta menos intensa registrada para os preços dos materiais, equipamentos & serviços e da mão de obra”, afirma André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV.
IGP-DI e outros índices
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,04% em fevereiro. No mês anterior, o indicador havia apresentado queda de 0,19%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo bens finais variou de -0,04% em janeiro para 0,21% em fevereiro. O principal responsável pela aceleração da taxa foi o item combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -2,31% para 3,84%.
O segmento de bens finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,49% em fevereiro, contra alta de 0,15% em janeiro. A taxa do grupo bens intermediários passou de -1,19% em janeiro para -0,70% em fevereiro. O principal responsável pela queda menos intensa foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -3,98% para -3,54%.
Calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, o índice de bens intermediários (ex) caiu 0,12% em fevereiro, ante queda de 0,60% no mês anterior.
O estágio das matérias-primas brutas variou 0,44% em fevereiro, após subir 0,79% em janeiro. Contribuíram para este movimento os seguintes itens:
- Minério de ferro (7,05% para 2,63%);
- Soja em grão (-1,53% para -3,06%); e
- Bovinos (-1,08% para -2,37%).
Em sentido oposto, vale citar, o café em grão, que foi de 0,92% em janeiro para 10,07% em fevereiro. Leite in natura (0,03% para 3,07%) e cana-de-açúcar (-0,70% para 0,72%) foram outros itens da divisão de matérias-primas brutas que apresentaram inflação no IGP-DI do último mês.
Preços ao consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,34% em fevereiro, após subir 0,80% em janeiro. Quatro das oito classes de despesa componentes do indicador registraram decréscimo em suas taxas de variação: educação, leitura & recreação (3,28% para -0,80%); alimentação (0,48% para -0,03%); transportes (0,92% para 0,43%); e comunicação (0,73% para 0,67%).
Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: cursos formais (7,45% para 0,00%), hortaliças & legumes (-0,27% para -7,09%), gasolina (1,12% para -0,26%) e combo de telefonia, internet & TV por assinatura (1,66% para 0,96%).
Em contrapartida, os grupos habitação (0,26% para 0,60%), saúde & cuidados pessoais (0,42% para 0,84%), vestuário (-0,08% para 0,36%) e despesas diversas (0,97% para 1,01%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: aluguel residencial (-1,08% para 2,71%), artigos de higiene & cuidado pessoal (-0,17% para 1,35%), roupas (-0,20% para 0,49%) e serviços bancários (1,26% para 1,49%).
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Editado por: Anderson Scardoelli.
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