As cotações do açúcar bruto na Bolsa de Mercadorias de Nova York encerraram o pregão eletrônico em alta.
Os contratos com entrega em outubro/2023 encerraram a sessão a 24,29 centavos de dólar por libra-peso, um aumento de 0,44 centavo (ou 1,84%) em comparação ao fechamento anterior. A posição Março/2023 fechou cotada a 24,63 centavos (+1,86%).
O mercado avançou devido às preocupações com a oferta na Índia.
Existe a possibilidade de o governo indiano proibir os embarques a partir do início da temporada 2023/24, em outubro, algo que não ocorre há sete anos.
O relatório do ING destacou que as manifestações recentes do governo indiano aumentam as preocupações sobre a insuficiência de oferta de açúcar, o que poderia afetar a alocação de cotas de exportação.
Chuvas irregulares impactarão a produtividade em 2023/24 e poderão reduzir o plantio de cana em 2024/25.
O mercado também está absorvendo os últimos dados de produção do Centro-Sul do Brasil.
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A União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) reportou que a produção de açúcar na primeira quinzena de agosto atingiu 3,46 milhões de toneladas, um aumento de 31,22% em relação ao mesmo período do ano passado (2,63 milhões). No acumulado desde 1º de abril, a produção totaliza 22,68 milhões de toneladas, comparada às 18,63 milhões de toneladas do ciclo anterior (+21,69%).
Preços no Brasil
No mercado físico paulista, os preços do açúcar cristal se mantiveram estáveis nesta quinta-feira. A saca de 50 quilos do açúcar cristal, com até 150 Icumsa, foi negociada a R$ 133,00 (equivalente a 24,84 centavos de dólar por libra-peso) em Ribeirão Preto.
O etanol hidratado mostrou-se 37,13% mais baixo em relação ao açúcar bruto de Nova York, equivalendo a 13,51 centavos de dólar por libra-peso (PVU). Comparado ao açúcar cristal de Ribeirão Preto, foi 35,74% menos vantajoso, resultando em R$ 85,47 por saca (15,96 centavos).
De acordo com a Safras & Mercado, chuvas retornaram às regiões produtoras de cana, porém com intensidade moderada e localizada.
No cenário do relatório quinzenal de moagem, houve uma queda de 5,23 milhões de toneladas de cana entre a segunda metade de julho e a primeira de agosto, resultando em volumes totais diminuindo de 53,10 para 47,81 milhões de toneladas. Isso representa uma queda de 9,85% na margem, resultando em um volume acumulado na safra de 360 milhões de toneladas, com níveis de ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) maiores em 149 kg/ton.
No que se refere ao açúcar, a queda na margem foi menor, com apenas 6,35%, ou 234 mil toneladas. Os volumes quinzenais diminuíram de 3,69 para 3,45 milhões de toneladas, totalizando 22,67 milhões de toneladas no acumulado.
