Seis sacos de areia para começar a construção de uma casa. Esse foi o pedido do lavrador Alberto dos Reis, de 57 anos, que morava em uma casa coberta por palha na zona rural de Palmas (TO). O que ele não imaginava é que os voluntários da associação Missão de Amor, com ajuda da comunica local e de empresas, fariam a vida dele mudar completamente. Eles construíram e mobiliaram uma casa inteira para o trabalhador rural.
Na casa antiga de palha, as condições eram precárias. Não havia energia elétrica e nem mesmo água encanada. O lavrador, que vive sozinho, dependia de um poço artesanal aberto no próprio quintal e de doações de água e comida de vizinhos próximos. No local, apenas um fogão de tijolos e uma rede faziam parte da decoração.
“A situação dele era realmente muito precária. Para se ter uma noção, ele não tomava banho de chuveiro há pelo menos quatro anos”, relatou o presidente da associação Missão de Amor, Fernando César.
Construída em quatro meses, agora, a nova residência possui dois quartos, sala compartilhada com a cozinha, além de um banheiro e varanda. “Não tínhamos nenhum capital de início, mas logo, com a rede de apoio que criamos, as pessoas começaram a doar material de construção, móveis e dinheiro. No total, conseguimos arrecadar R$ 30 mil”, conta Fernando. “A localidade afastada e as condições do terreno dificultaram os trabalhos, mas no fim, conseguimos ligar luz e água no local”, complementa.
Toda a comunidade se envolveu, desde moradores que ajudaram na mão de obra até lojas e empresas. No total, a equipe solidária contava com cerca de 30 pessoas. “De fato adotamos o senhor Alberto, ele é muito querido por toda a comunidade rural de onde mora”, afirma Fernando.
Avaliada em R$ 22 mil, a nova residência foi entregue no último domingo, 12, com direito a café de manhã e almoço preparados por uma chefe de cozinha local, também voluntária do projeto.
No fim, Alberto não ganhou apenas uma casa, mas também amigos. “Hoje, cuidamos dele de todas as formas. Como os filhos moram muito longe, é a nossa equipe de voluntários que dá toda assistência, até em médicos levamos ele. Não nos preocupamos em apenas construir uma casa melhor para ele, queremos que a vida dele seja melhor”, enfatiza Fernando.