O governo federal isentou a importação de milho de fora do Mercosul, em meio à escassez do cereal no mercado interno. As compras até aumentaram, mas não tanto quanto poderiam, avaliam membros do setor de proteína animal. Entre os motivos, o fato de que um potencial originador, os Estados Unidos, não pode exportar ao Brasil por se tratar de cultivares transgênicas não aprovadas no Brasil.
A indústria de carnes havia solicitado à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que intercedesse junto à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para liberar a importação. O pleito já é antigo. Agora, ao que parece, o assunto pode ter novidades nesta semana.
Segundo o comentarista Benedito Rosa, as importações eventuais dos EUA não serão em grande quantidade e nem serão subitamente. “Os estados candidatos são os do Nordeste, a avicultura do nordeste se localiza no litoral e, do Golfo do México até o Nordeste, há uma facilidade de transporte, mas não serão em volume muito elevado, afinal o preço do milho o mercado internacional está muito alto”, disse.
Segundo ele, a tendência é que os preços não sejam impactados, pois os principais estados produtores de carne continuam a demandar pelo cereal. “Mesmo com importações, os preços do milho continuam elevados. A produção de milho da metade do Brasil para o Norte tem a tendência natural de importação, pois o consumo é baixo e a logística favorece a saída do Brasil”, completou.