Milho

Milho: coronavírus muda projeção para o curto prazo; entenda!

Scot Consultoria afirma que incerteza com economia e os reflexos sobre a demanda por proteínas, e pelos insumos, deverão manter o viés de baixa do grão

Colheita de milho em lavoura
Foto: Governo de Minas Gerais

O preço do milho caiu no mercado interno em função das incertezas com relação à demanda e uma maior oferta do lado vendedor. A Scot Consultoria afirma que por ora, o cenário positivo com relação à produção na segunda safra colabora com o mercado mais frouxo.

Na região de Campinas (SP), a saca de 60 quilos ficou cotada em R$ 58 no fechamento da quinta-feira, 9, sem o frete, depois de atingir R$ 62 no início do mês.

Para o curto e médio prazos, as incertezas com relação à economia (por conta do coronavírus), reflexos sobre a demanda por proteínas e, consequentemente, pelos insumos usados na produção (milho e farelo de soja) deverão manter o viés de baixa sobre os preços.

“No entanto, é importante destacar que a oferta de milho neste momento não é abundante no país e, caso, a demanda pelo cereal não seja tanto afetada pela pandemia, existe espaço para as cotações voltarem a firmar até a colheita da segunda safra ganhar força, a partir de junho”, pondera a empresa.

A baixa disponibilidade interna nesse momento é um fator que deverá limitar para os recuos nas cotações no mercado físico, cujos patamares deverão seguir acima dos registrados em igual período do ano passado.

Para exemplificar, o contrato futuro de milho com vencimento em maio de 2020  na B3 foi negociado próximo de R$ 47 por saca em Campinas (SP) na última semana. Em maio de 2019, o preço médio do cereal foi de R$ 35,95 por saca no mercado físico.

A atenção deve ficar focada também no clima, com possibilidades de geadas no Sul, dólar e demanda nas próximas semanas.