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Milho

Milho: nova variante de peste suína africana pode impactar os preços

O fato aconteceu na China, principal consumidor do grão; veja outros fatos que podem mexer com as cotações

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Saca de milho. Foto: Guilherme Viana/Embrapa

A semana começa com os produtores atentos a notícia de uma nova variante de peste suína africana na China. O mercado acompanha com detalhes os desdobramentos do fato que podem colocar em xeque a demanda de milho no principal consumidor mundial do grão.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria Fernando Henrique Iglesias.

– O elemento principal que justifica o movimento de queda na Bolsa de Chicago (CBOT) é a notícia de uma nova cepa de peste suína africana na China;

– Um eventual avanço da doença coloca em xeque o consumo de grãos no principal consumidor em escala mundial;

– Importante considerar que dados recentes apontavam para um processo de recomposição mais rápido do que o esperado do plantel de suínos na China, o que teoricamente levaria a uma maior demanda por grãos;

– Fundos asiáticos carregavam uma posição comprada e com a notícia saíram simultaneamente do mercado resultando em um efeito manada;

– Importante observar os desdobramentos na próxima semana, e principalmente a posição da OIE a respeito da gravidade da situação, o que pode tranquilizar ou gerar ainda mais pressão vendedora sobre mercado;

– O mercado segue atento a situação climática na América do Sul, com relatos  de chuvas mais regulares para a Argentina nos próximos dias;

– O mercado brasileiro de milho apresenta alguns sinais de mudança na curva de preços, a começar por uma maior fixação de oferta em algumas regiões do país;

– O preço de balcão também cedeu em algumas cooperativas. Alguns consumidores  sinalizam para uma posição de relativo conforto em seus estoques;

– Logicamente essa dinâmica pode mudar conforme avança a colheita de soja resultando no aumento do custo de frete;

– No Oeste do Paraná houve aumento do volume ofertado, com indicação de oferta a R$ 80;

– Referencial Campinas segue posicionado entre R$ 87/88 CIF.

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