Milho

Milho: USDA reduz estimativa para safra americana e preços sobem

Departamento dos EUA também diminuiu os estoques do grão no país. Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Foto: Pedro Revillion/Palácio Piratini

O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) fez os preços do milho negociado na Bolsa de Chicago caírem nesta quinta, dia 8. O órgão cortou os estoques norte-americanos do grão abaixo do esperado pelo mercado e confirmou a redução na safra do país.

Os EUA devem colher 14,626 bilhões de bushels, aquém dos 14,711 bilhões de bushels esperados pelo mercado, estima o órgão. A produtividade por acre é projetada em 178,9 bushels por acre — a expectativa dos negociantes era de, ao menos, 180 bushels por acre.

Os estoques finais de passagem foram estimados em 1,736 bilhão de bushels, ante os 1,781 bilhão de bushels esperados pelo mercado e abaixo dos 1,813 bilhão de bushels indicados no mês passado.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 39
      • Paraná: R$ 33
      • Campinas (SP): R$ 37,50
      • Mato Grosso: R$ 21
      • Porto de Santos (SP): R$ 36
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 35,50
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 35,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Dezembro/2018: US$ 3,73 (+1,25 cent)
        • Março/2019: US$ 3,85 (+1,50 cent)

Soja

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou nesta quinta, dia 8, a elevação dos estoques norte-americanos e globais. O mercado já havia ajustado os contratos futuros na quarta, prevendo o movimento, mas acabou surpreendido pela elevação acima do esperado.

A expectativa dos players era de 24,5 milhões de toneladas no país e 110,8 milhões de toneladas em âmbito global. O relatório do órgão, no entanto, apontou 26 milhões e 112,08 milhões, respectivamente.

O que freou uma queda mais brusca foi a redução na estimativa da safra dos EUA. Segundo o USDA, a produção 2018/2019 foi reduzida de 127,6 milhões de toneladas para 125,2 milhões de toneladas. O mercado apostava em 127,26 milhões.

Brasil

Os preços de soja no mercado interno estiveram praticamente estáveis nesta quinta-feira. Os negócios seguiram travados, com o mercado sem novidades. O foco dos agentes segue no plantio da oleaginosa no país.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Passo Fundo (RS): R$ 82,50
      • Cascavel (PR): R$ 78
      • Rondonópolis (MT): R$ 74
      • Dourados (MS): R$ 76
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 85
      • Porto de Rio Grande (RS): R$ 86,50
      • Porto de Santos (SP): R$ 85
      • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 86
      • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Novembro/2018: US$ 8,67 (-0,25 cent)
        • Janeiro/2019: US$ 8,79 (-0,50 cent)

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 1,90 (-0,61%), sendo negociada a US$ 306,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 28,02 centavos de dólar, com baixa de 0,18 centavo ou 0,63%.


Café

O café arábica registrou alta na Bolsa de Nova York. O mercado deu sequência ao movimento de recuperação técnica da sessão anterior e fatores técnicos predominaram durante o dia.

De acordo com o consultor da Safras & Mercado Gil Barabach, quando os contratos sobem, não conseguem romper ou se manter acima de US$ 1,20 a libra-peso, já que os fundamentos são baixistas, de ampla oferta global. Mas quando caem, o mercado encontra bom suporte, a ponto de ultimamente não conseguir nem chegar perto da linha de US$ 1,10.

Bolsa de Londres

O robusta encerrou as operações com preços moderadamente mais baixos. Segundo traders, o mercado teve uma sessão conduzida por fatores técnicos, apresentando ajuste após os ganhos da sessão anterior e pressionada também pela baixa do petróleo. A alta do dólar contra outras moedas contribuiu para as perdas do robusta.

Cotações domésticas

O mercado brasileiro teve uma quinta-feira de preços estáveis. As oscilações do arábica na Bolsa de Nova York e do câmbio deixaram o mercado cauteloso e, assim, as bases se mantiveram. Houve no dia negociações apenas pontuais.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

        • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 440 a R$ 445
        • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 445 a R$ 450
        • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 370 a R$ 375
        • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 328 a R$ 335
        • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

          • Dezembro/2018: US$c 116,65 (+1,05 cent)
          • Março/2019: US$c 120,20 (+0,75 cent)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

          • Novembro/2018: US$ 1.660 (-US$ 7)
          • Janeiro/2019: US$ 1.684 (-US$ 3)

Boi gordo

O preço da arroba caiu em 6 das 32 praças acompanhadas pela Scot Consultoria. Segundo analistas, a desova da boiada de final de cocho associada à demanda calma, mesmo com o início do mês, tiraram a sustentação do mercado.

Em São Paulo, a desvalorização foi de 0,3% na comparação dia a dia. Nesta quinta, dia 8, a arroba ficou cotada a R$ 148,50, a prazo, livre de Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). Porém, foram registradas indústrias ofertando preços abaixo da referência. As escalas de abate paulista giram em torno de seis dias.

A única alta desta quinta ocorreu no Sul da Bahia, onde a chuva dificultou o embarque do gado e diminuiu a oferta de animais. A arroba subiu 0,7% na região, frente ao fechamento anterior.

Com o recebimento dos salários, a expectativa é de melhora na demanda pela carne, e isso deu firmeza nos preços no mercado atacadista de carne bovina com osso.

O quilo do boi casado de animais castrados está cotado a R$ 9,86, valorização de 1,1% desde o último levantamento. A margem das indústrias que não fazem a desossa está em 17,6%, o que representa alta de 1,3 ponto percentual, na comparação diária.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 147,50
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 140,50
          • Goiânia (GO): R$ 136
          • Dourados (MS): R$ 145
          • Mato Grosso: R$ 130,50 a R$ 133
          • Marabá (PA): R$ 132
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,55 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 149
          • Sul (TO): R$ 134
          • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

A moeda norte-americana fechou praticamente estável (-0,02%), negociada a R$ 3,7390 para venda, depois de exibir forte volatilidade ao longo do pregão. Investidores domésticos digeriram a aprovação do reajuste salarial de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Senado, que pode gerar rombo superior a R$ 4,5 bilhões no orçamento do próximo governo. “Um impacto bilionário no orçamento para o presidente eleito, Jair Bolsonaro, e para os novos governadores”, comenta a equipe econômica Capital Markets (CM).

No exterior, a expectativa ficou em torno da decisão do banco central dos EUA, que continuará avaliando as condições econômicas atuais e esperadas em comparação com o objetivo duplo de pleno emprego e inflação em 2%. As projeções dos dirigentes da autoridade monetária, divulgadas em setembro, indicam que haverá a quarta elevação de juros do ano, em dezembro, e três elevações em 2019. “A curva de juros norte-americana projeta no máximo 3 altas até o fim de 2019”, diz a equipe da CM. Após o comunicado, o dólar futuro chegou a subir 0,83%, a R$ 3,769.

Nesta sexta, além da repercussão quanto ao comunicado do Fed, tem os dados de outubro do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. “Somado a decisão de política monetária, se esses dados vierem mais fortes, reforça o cenário de mais altas de juros. Consequentemente, teremos um dólar mais forte ao redor do globo”, diz o economista da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou em baixa de 2,39%, com 85.620 pontos. O volume negociado chegou a R$ 15,9 bilhões.


Previsão do tempo para sexta-feira, dia 9

Sul

O tempo fica firme em grande parte do Sul. Ainda tem um sistema de alta pressão no oceano, o que mantém a nebulosidade entre o leste de Santa Catarina e do Paraná. Nessas áreas chove fraco ao longo do dia, além de as temperaturas ficarem mais baixas.

As temperaturas sobem no Rio Grande do Sul, mas em Santa Catarina e no Paraná os termômetros não conseguem subir muito. O mar fica agitado na costa e há risco para ressaca, com ondas de até 2,5 metros entre Laguna (SC) e Farol de São Tomé (RJ) até a noite.

Sudeste

A frente fria avança para o sul da Bahia, mas ainda tem instabilidades atuando no Sudeste. Por isso a chuva ocorre em todos os estados. Ainda há risco para volumes elevados no Triângulo Mineiro, norte paulista e no norte do Espírito Santo. Por causa do solo encharcado, o potencial para transtornos ainda é elevado nessas áreas.

Na faixa leste de São Paulo e do Rio de Janeiro, há muitas nuvens, e as temperaturas devem ser amenas. O mar fica agitado na costa e há alerta para ressaca, com ondas de 2,5 metros, desde Laguna (SC) até Farol de São Tomé (RJ) até a noite.

Centro-Oeste

O volume de chuva é um pouco menor pelo Centro-Oeste, mas ainda há potencial para transtornos por causa do solo que está encharcado entre o norte de Mato Grosso do Sul, Goiás e em Mato Grosso.

No extremo sul de Mato Grosso do Sul, a condição ainda é para tempo firme. As temperaturas seguem amenas na região.

Nordeste

A condição para chuva continua no interior do Nordeste, mesmo sem previsão para acumulados tão elevados. No sul da Bahia, tem a presença de uma frente fria e há potencial para temporais.

Os volumes podem ser elevados até mesmo na região do Recôncavo Baiano. Tempo firme do norte da Bahia até o norte do Maranhão.

Norte

A chuva será menos volumosa em parte da região Norte. Os acumulados passam a ser ainda menores no Tocantins e em Rondônia, mas ainda há potencial para trovoadas a qualquer hora do dia em todos os estados.

No Amapá há muitas nuvens, mas pouca probabilidade de chuva.