A última semana registrou grande volatilidade externa no mercado de milho e de grãos como um todo, de acordo com o analista Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercado. O governo dos Estados Unidos tentou fazer modificações nos biocombustíveis e a previsão de chuvas no país também mexeu com as cotações. O dólar subindo forte após a reunião do Federal Reserve, o “Fed”.
Ainda no cenário internacional, o governo chinês agiu para conter preços internos nas commodities, enquanto as exportações norte-americanas se mostraram fracas. Esses fatores somados, conclui Molinari, trouxeram os preços para um novo patamar, talvez mostrando uma nova realidade para o próximo ano comercial.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana:
- O relatório de 30 de junho do USDA para a área plantada segue sendo o foco principal dos agentes do mercado
- Apesar das perdas de safrinha, devemos ter uma colheita de 62 milhões de toneladas nos próximos 90 dias
- Com as baixas da soja, há risco de os produtores decidirem pela venda do milho para reter a oleaginosa
- Com as baixas na Bolsa de Chicago e no câmbio, os níveis das cotações da saca no porto caíram para R$ 74/R$ 75 e passaram a pressionar mais o mercado interno nesta fase pré-colheita
- As baixas podem levar as tradings a cumprirem seus embarques programados e não reverterem volumes para vendas internas
- O mercado interno tenta aproveitar o momento de pressão externa e pré-colheita da safrinha para exercer uma baixa maior nos preços internos
- As decisões de venda dos produtores é que determinarão os níveis nas próximas semanas
- O ajuste fino entre os preços de porto, fluxo de exportações e intenção de venda interna determinará uma maior baixa, ou não, nos preços internos.
- Campeão de produtividade de soja no Brasil dedica prêmio ao pai, morto em 2021