Milho

Quase 25% dos fertilizantes analisados pela Aprosoja-MT são reprovados

Das 300 amostras coletadas, 74 amostras apresentaram pelo menos um elemento de macro e micro nutrientes fora do mínimo tolerado

Fertilizantes, fertilizante
Produtor diz que iniciativa é fundamental para auxiliar no controle dos fertilizantes adquiridos. Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural

A Etapa Milho do Circuito Tecnológico, realizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), coletou 300 amostras de fertilizantes. Dessas, quase 25% (74 amostras) foram reprovadas, por apresentarem pelo menos um elemento de macro e micro nutrientes fora do mínimo tolerado.

A gerente de Sustentabilidade da Aprosoja-MT, Marlene Lima, afirma que os resultados demonstram que o produtor deve se preocupar em verificar a qualidade dos produtos utilizados no plantio.

“Identificamos um percentual ainda alto na reprovação dos fertilizantes. Por isso o produtor deve estar atento e acompanhar a entrega dos fertilizantes na propriedade. Para ajudá-los elaboramos folder e informe técnico com todas as orientações. Também tivemos feedback de produtores que tiveram seu fertilizante fora da garantia e foram reembolsados de alguma forma, com bônus para a próxima safra ou desconto na compra”, diz.

O produtor Diogo Molina, de União do Sul (MT), afirma que essa ação é fundamental para uma melhor produtividade na lavoura e auxilia tecnicamente quanto a qualidade de insumos adquiridos para produção. “A gente paga caro por um insumo que geralmente não está vindo a contento com os níveis de produtos que foram indicados pelo fabricante, então temos que realmente aprofundar nisso e abranger mais ainda o circuito pelo estado todo”, defende.

Como funciona o circuito?

Por meio do Circuito Tecnológico, agricultores de todo o estado recebem a visita do supervisor de projeto que faz coleta de fertilizantes e sementes e encaminham para análise em laboratório. Os resultados são entregues ao produtor em até 10 dias com um parecer técnico.

Nomes das empresas são preservadas, já que a função do programa não é condenar ou beneficiar indústrias, mas orientar o produtor quanto à qualidade dos insumos disponíveis no mercado. “Queremos que o produtor receba produtos com qualidade, pois são de suma importância no desenvolvimento das plantas, consequentemente na sua produtividade”, frisa Marlene.