O ano de 2020 foi diferenciado para o milho brasileiro. O preço do cereal começou cotado a R$ 51 por saca, chegou a se valorizar mais de 57% até novembro de 2020 e fechou o ano cotado a R$ 74. De acordo com levantamento da consultoria Agrifatto, a união do dólar em uma forte escalada e uma demanda firme, tanto internamente quanto externamente, levaram o produto brasileiro a patamares históricos de preço.
“Toda esta evolução nas cotações foi atingida sem maiores problemas sendo observados na produção brasileira de milho, que ultrapassou novamente as 100 milhões de toneladas”, disse a consultoria.
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A valorização do cereal em grande intensidade não foi algo disseminado em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o milho chegou a recuar 16% no mês de maio de 2020 frente as cotações do início do ano. Ainda assim, o cenário se alterou e atualmente a cotação do milho nos EUA é 10% maior do que em janeiro de 2020.
Como o cereal norte-americano é muito dependente do etanol de milho, a diminuição da circulação das pessoas nos país, devido ao coronavírus, dificultou a evolução do cereal norte-americano.
Cenário para o milho em 2021
Como a safra de milho é renovada anualmente, novos fatos e realidades de análise são observadas a cada ano. Para 2021, a perspectiva que pode ser observada para o milho brasileiro é de pressão elevada sobre os preços.
A dificuldade do dólar em romper os R$ 5, devido à situação fiscal do país, os estoques, tanto nacionais quanto globais, nos menores níveis das últimas cinco safras e os problemas já consolidados com a 1ª safra de cereal no país devem contribuir para as cotações de milho no Brasil se manterem elevadas em 2021.