Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) depredaram, nesta quarta, dia 23, o prédio do Ministério da Agricultura em Brasíllia. Um grupo quebrou vidros, a porta do estabelecimento e pichou as paredes em manifestação contra a ministra Kátia Abreu. Na manhã de hoje, segundo o MST, 1.500 pessoas marchavam pela Esplanada dos Ministérios para denunciar “o uso abusivo de agrotóxicos” e a “destruição ambiental e social que este modelo provaca no campo brasileiro”.
O ato integra o 2° Encontro Nacional de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária (ENERA), que está sendo realizado em Luziânia (GO). De acordo com o site do MST, os participantes denunciam o fechamento de escolas no campo e exigem a construção de 300 novos colégios em áreas da reforma agrária, além de mais 100 Centros de Educação Infantil e a garantia de mais 30 Institutos Federais dentro de áreas de assentamentos.
A manifestação faz parte do chamado dia nacional de luta contra as medidas de austeridade fiscal do governo federal.
A ministra da Agricultura Kátia Abreu divulgou nota à imprensa, condenando a invasão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por manifestantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra.
Leia a íntegra do comunicado:
“É com a mais veemente repulsa e indignação que me dirijo à sociedade brasileira para denunciar o ato de invasão à sede do Ministério da Agricultura, esta manhã, por militantes do MST.
O ato, por sua gratuidade e violência, merece não só condenação moral, mas rigoroso enquadramento penal dos responsáveis, que, além da depredação do patrimônio público, feriram servidores incumbidos da segurança no local.
Tintas tóxicas foram espalhadas no chão, vidraças quebradas a martelo, mesma arma usada para atingir e lesionar servidores.”