O Ministério da Agricultura deve liberar R$ 600 mil para auxiliar o Rio Grande do Sul no combate à nuvem de gafanhotos que está atualmente na Argentina, caso se desloque para o estado. A promessa foi feita durante reunião realizada em Brasília nesta quarta-feira, 22, entre a ministra Tereza Cristina e o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho.
O valor repassado pelo ministério poderá ser utilizado na aquisição de produtos para tratamento fitossanitário e contratação de serviços de aplicação. “Outra ideia apresentada é a busca por um acordo de cooperação com Argentina e Uruguai para auxiliar no controle dos insetos em seus territórios, de forma a permitir a entrada de aviões para aplicação de inseticidas na Argentina, por exemplo”, conta Covatti Filho.
- Gafanhotos: nuvem se desloca mais uma vez e chega a 17 km do Uruguai
- Duas nuvens de gafanhotos se movimentam na Argentina
Retirada da vacina contra febre aftosa também foi abordada
A ministra e o secretário também discutiram detalhes do processo de retirada da vacina da febre aftosa no Rio Grande do Sul, medida que permitirá abertura de novos mercados para a carne gaúcha.
A última etapa de vacinação contra a febre aftosa foi adiantada de maio para março deste ano, para que o estado pudesse dar entrada no pedido de retirada da vacina.
No momento, a secretaria conclui o cumprimento dos 18 apontamentos levantados pelo Ministério da Agricultura durante auditoria realizada no ano passado.
Estiagem e irrigação em pauta
As medidas emergenciais de socorro aos produtores atingidos pela estiagem deste ano e auxílio em programas de irrigação também foram pontos de discussão no encontro entre a ministra Tereza Cristina e o secretário Covatti Filho.
A ministra confirmou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve votar até o fim deste mês a proposta para ampliar, de 9 de abril para 30 de junho, o prazo de enquadramento dos municípios que decretaram situação de emergência. “Isso contempla os 30% dos produtores que não conseguiram acesso às medidas de socorro porque seus municípios só conseguiram os decretos depois de 9 de abril”, diz o secretário.
O Ministério da Agricultura também garantiu apoio ao programa de irrigação da Secretaria, devendo liberar recursos para aquisição de máquinas.