O preço das terras aptas para atividades agropecuárias teve elevação superior a 50% no período de um ano no Paraná. De acordo com análise do Departamento de Economia Rural (Deral) e da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o resultado é influenciado, sobretudo, pela valorização da produção gerada.
As terras da Classe A-III, que, pelo Sistema de Classificação de Solos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), são aquelas aptas ao cultivo de grãos, apresentaram valor médio de R$ 58,9 mil o hectare este ano. Isso representa aumento de 52% ante os R$ 38,9 mil que foram levantados em março de 2020.
No caso das terras B-VI, que são aquelas ocupadas mais por pastagens e silvicultura -cultivo de florestas para produção de madeiras e outros derivados comerciais-, o incremento de valor chegou também a 52%. No prazo de um ano, passou de R$ 20,1 mil o hectare para R$ 30,6 mil.
O reajuste acima dos índices de inflação já era esperado pelo mercado e pelo Deral. Alguns dos principais produtos agrícolas do estado apresentaram grande valorização, como é o caso da soja, com aumento de 90%; do milho, que subiu 84%; e do boi gordo, que registrou acréscimo de 53%. Em consequência, a maior demanda por áreas aptas a essas atividades pressionou o preço.