A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) solicitou ao governo um aporte de R$ 3 bilhões no orçamento do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). O pedido foi feito à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e ao ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, com sugestões de remanejamento de verbas de outros programas suplementares. Em novembro, Marquesan já havia tido uma reunião sobre o assunto com os futuros representantes do governo Bolsonaro.
Atualmente, o Moderfrota é a principal linha de financiamento de tratores e colheitadeiras do país, fomentada com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com juros de 7,5% a 9,5% ao ano. A Abimaq alega insuficiência dos valores do programa de financiamento para máquinas e implementos agrícolas até o fim do atual Plano Safra 2018/2019.
“Estamos vendo que o saldo que está sobrando do Moderfrota, por volta de R$ 4 bilhões, não chega até 31 de março de 2019, três meses antes do fim do ciclo agrícola do Plano Safra 2018/2019, em 30 de junho. Não vai ter dinheiro para o financiamento nas principais feiras de máquinas do país, que começam justamente a partir desse mês”, afirmou o presidente da entidade, João Carlos Marchesan.
De acordo com levantamento da entidade, a linha já consumiu R$ 4,1 bilhões no período de julho a outubro de 2018 dos R$ 8,9 bilhões destinados para atual plano safra 2018/2019. Ainda segundo a Abimaq, houve um crescimento de 58% no desembolso feito pelos produtores rurais.
“O segmento agrícola está investindo, renovando seu parque de máquinas, e não podemos perder este momento”, argumentou Marchesan.
Sem remanejamento, recursos do Moderfrota acabam em março de 2019