Diante dos problemas no fornecimento e da elevação dos custos, muitos agricultores de Mato Grosso têm buscado substituir a energia elétrica convencional pelo uso da energia fotovoltaica nas propriedades rurais. De olho nessa demanda, as empresas do setor levaram para a Farm Show MT que tem de melhor em tecnologia e oportunidades de negócios, na tentativa de ganhar ainda mais espaço nesse mercado.
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Não faltam oportunidades de negócios para quem visita a sexta edição da Farm Show. Além das novas tecnologias em cultivares, máquinas e implementos agrícolas, a feira também conta com diversas empresas de energia solar fotovoltaica. Ferramenta que pode beneficiar o setor produtivo da região, que costuma enfrentar transtornos com o fornecimento de energia elétrica.
“O gasto é maior à noite, quando ligam os pivôs e alguns começam a dar pane, pela qualidade da energia. Aí é quando você tem que religar esses pivôs e muitas vezes você perde uma noite de irrigação e você acaba perdendo o horário que tem o incentivo. Assim é preciso molhar durante o dia onde encarece demais o custo dessa energia”, diz o presidente do Sindicato Rural de Primavera do Leste (MT), Marcos Bravin.
Atualmente, a região de Primavera do Leste tem uma área de quase 50 mil hectares irrigados e muitos armazéns sendo construídos, o que aumenta a demanda por energia elétrica.
“Estamos com seis empresas de milho produzindo sementes em pivô. Semente é um ser vivo, então não pode ter estresse hídrico. Precisamos dessa melhora de energia para não acontecer de passar a noite sem irrigar, e perder qualidade e produção de semente”, complementa Bravin.
Além de buscar mais segurança e qualidade no fornecimento de energia para a propriedade, quem aposta na instalação destes equipamentos também está de olho na economia, o que torna o investimento ainda mais atrativo.
“A energia solar vem atender a grandes projetos de irrigação. É uma solução viável e um custo benefício que a conta fecha, com até 95% de redução de custo no gasto com energia. Hoje todos os bancos financiam grandes projetos e a conta acaba ficando dentro da parcela igual ou menor ainda do que o consumidor pagaria mensalmente de energia”, destaca o empresário José Rocha.