O cultivo do milho é o mais atingido pela estiagem prolongada no Rio Grande do Sul, segundo a Emater, que divulgou nesta segunda-feira (24), o boletim com dados atualizados.
Segundo o levantamento, são quase 93 mil agricultores com perdas na sua produção. Na soja, são cerca de 82 mil produtores. “Atualmente, já são mais de nove mil localidades e mais de 253 mil propriedades atingidas pelos efeitos da estiagem no estado, além de cerca de 21 mil famílias com dificuldades ao acesso à água”, disse a Emater.
De acordo com a empresa, as lavouras de milho das regiões administrativas de Erechim, Frederico Westphalen, Ijuí, Passo Fundo, Santa Rosa e Soledade sofreram os maiores danos, com perdas médias que podem chegar a 65% da produção inicialmente estimada. “A condição de déficit hídrico continua comprometendo a produtividade e a qualidade do cultivo de milho destinado à silagem. De forma geral as perdas variam de 16,2% na regional de Porto Alegre até 65% na regional de Ijuí.
No caso da soja, as perdas médias de produtividade vão de 25% a 45%. A situação é mais grave em Santa Rosa, com redução média superior a 45% do estimado inicialmente. Os prejuízos nas lavouras de feijão variam de 5% a 95%. As maiores perdas médias, de mais de 60% da expectativa inicial, estão localizadas na regional de Ijuí.
A estiagem afeta com maior intensidade 27.289 estabelecimentos produtores de leite no Rio Grande do Sul, onde se estima uma perda média na produção diária de leite da ordem de 82,5 litros por propriedade. “Dessa forma, a redução na produção diária de leite no Estado é de aproximadamente 2,2 milhões de litros”, disse a Emater.