Brasília recebeu nesta quarta-feira (24), o último Seminários sobre Sustentabilidade e Inovação no Cooperativismo.
O evento faz parte de um projeto realizado pelo Canal Rural em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Com o tema “Da COP26 à COP27: o Brasil e o agro sustentável do século 21”, o seminário, realizado no Centro Internacional de Convenções do Brasil, reuniu cerca de 130 participantes.
Entre eles, produtores rurais, cooperados e representantes de entidades públicas e privadas do setor do agronegócio.
“Nós sabemos que a inovação, a tecnologia, vai ser o elo de ligação entre a produção sustentável. Por isso, esse painel, e eu quero parabenizar a vocês, parabenizar a OCB, porque começa a discutir um grande projeto num momento em que nós estamos com a nossa segurança alimentar ameaçada”, disse o ministro da Agricultura, Marcos Montes.
Brasília encerra a primeira temporada de uma série de eventos e discussões realizadas em outras capitais: Belo Horizonte (MG), Manaus (AM) e Curitiba (PR).
“Não é o que temos que fazer. Temos que falar sim de futuro, o que temos que fazer, mas mostrar o que já estamos fazendo. O agronegócio brasileiro é sustentável. Só precisa contar, mostrar essa história pra que isso sirva de exemplo para os projetos futuros do que fazer, e para o mundo também”, afirmou o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira.
“Nós construímos uma plataforma para continuarmos trabalhando essa ideia da sustentabilidade nos valores reais que ela tem, que são muito mais do que preservação do meio ambiente. É preservação de uma humanidade mais próspera, respeitando o futuro das próximas gerações, cuidando da sustentabilidade”, disse Márcio Lopes de Freitas, presidente sistema OCB.
“A nossa agricultura é a maior agricultura regenerativa do mundo. é uma agricultura convencional, que todo ano melhora o solo para aumentar a produtividade. Estamos com recorde de produção esse ano, com 75 milhões de toneladas. Isso significa que o produtor cuidou bem do solo, cuidou bem da natureza, protegeu a área de reserva legal e preservação permanente e garantiu alimentos em volumes relevantes e acessíveis”, destacou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
“O Brasil é um exemplo com sua agricultura pujante, com sua agricultura sustentável. e nós temos que mostrar, cada vez mais, aqui internamente no Brasil e, especialmente e no plano internacional, o que nós temos feito. Nós não temos porque nos envergonhar do que nós estamos fazendo. Muito pelo contrário”, disse o secretário de assuntos multilaterais políticos do Ministério das Relações Exteriores, Paulino Franco de Carvalho Neto.
Um dos temas discutidos no seminário o papel do financiamento verde para o alcance das metas sustentáveis.
“Há uma fatia cada vez maior da economia mundial ocupada por mercados emergentes e os mercados emergentes têm renda média. E quando essa renda cresce de maneira acelerada as pessoas comem mais, elas ingerem mais calorias, elas aumentam o seu consumo de alimentos. portanto, o brasil tem um papel fundamental e o banco vai oferecer, obviamente, a sua parcela, a sua contribuição para o financiamento dessa infraestrutura”, afirmou o presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, Marcos Troyjo.
Outro assunto debatido pelos painelistas foi o papel do poder público como indutor de práticas sustentáveis e também a diplomacia no posicionamento do Brasil e do agronegócio.
A diretora de produção sustentável e irrigação do Ministério da Agricultura, Fabiana Villa Alves, destacou que o produtor rural é parte fundamental desse processo.
“Quando eu trago uma semente melhorada, quando eu trago uma tecnologia de suplementação, isso é inovação também. Então, o produtor ter essa consciência que ele é o maior contribuidor para o meio ambiente no Brasil”.