Assim como no milho, a soja brasileira teve um ano de 2020 diferenciado. O preço da oleaginosa começou o ano cotado a R$ 87 por saca, chegou a subir 89% até o fim de novembro e deve terminar o ano com o valor médio de R$ 153.
Segundo a consultoria Agrifatto, as motivações para tal valorização estão ligadas à forte valorização do câmbio e pela China, que aumentou bastante suas compras em 2021.
“Apesar de viver situação semelhante ao milho no cenário interno, o ambiente externo que a soja vive neste momento se mostra bem diferente. Isso por que, puxado por um estoque final nos EUA extremamente enxuto (pouco mais de 4 milhões de toneladas), e uma demanda externa que evolui de maneira acelerada, o preço da oleaginosa em Chicago já supera os US$ 12,30 por bushel, batendo na máxima dos últimos 30 meses”, afirmou a consultoria em nota.
Soja em 2021
Com estoques globais enxutos e câmbio acima dos R$ 5, a perspectiva do mercado é de que a soja brasileira continue valorizada acima dos R$ 120 por saca em grande parte do país, mesmo após o inicio da colheita no país, que deve ganhar força a partir de fevereiro de 2021.
“A consolidação desse patamar de preços para a soja brasileira pode ter ainda mais sustentação se acompanhada de qualquer problema produtivo (clima ainda incerto) que venha a acontecer.”