Agricultores, sindicatos rurais e a Associação dos Produtores de Soja do Pará (Aprosoja-PA) fazem um encontro neste domingo, 10, para debater a moratória da soja. De um lado, produtores rurais alegam dificuldade em comercializar a soja cultivada no bioma amazônico. De outro, tradings afirmam que a negativa em adquirir o grão se trata de uma política que diz que a oleaginosa produzida no bioma não pode vir de áreas desmatadas depois de 2008.
“Existe um consumidor lá fora que diz ‘eu não quero soja de área desmatada da Amazônia’. Então, como fornecedores, precisamos cuidar desse mercado. Embora estejamos realmente prejudicando esses produtores que não vendem para nós, estamos garantindo mercado para a soja como um todo”, argumenta o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar.
Diante do impasse, o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, afirma que a entidade entrará com uma reclamação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra as empresas. Eles afirmam que a compra da soja não está sendo realizada mesmo apresentando a documentação exigida pelo Código Florestal.