Soja

Preço da soja em Chicago cai 5% em uma semana

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

soja dólar
Foto: montagem/Canal Rural

Os contratos da soja com vencimento em novembro acumulam queda de 4,9% nas últimas seis sessões da Bolsa de Chicago, um recuo total de cerca de 14 centavos de dólar. Há uma semana, o bushel era negociado a US$ 8,8575 e chegou a US$ 8,4175 nesta quinta-feira, dia 24.

Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Luiz Gutierrez, as altas registradas até a semana passada estavam apoiadas no atraso da colheita norte-americana, problema causado pelo excesso de chuvas no cinturão produtor.

A soja chegou bem perto de US$ 9 por bushel, mas, com o tempo firme nesta semana, o mercado realizou a correção. Outro limitante para o avanço das cotações, diz o especialista, é a guerra comercial entre China e Estados Unidos.

Já é possível notar sinais de enfraquecimento da demanda internacional pelo produto norte-americano. O relatório de embarques semanais divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta um volume abaixo da expectativa do mercado, que era de pelo menos 300 mil toneladas.

As exportações líquidas referentes à temporada 2018/2019, com início em 1º de outubro, ficaram em 212,7 mil toneladas na semana encerrada em 18 de outubro. O maior comprador foi o Egito, com 111 mil toneladas. Também foram negociadas mil toneladas para a temporada 2019/2018.

Negócio da China

Os compradores chineses estão adiando compras futuras de soja à espera da entrada da safra sul-americana, em especial dos grãos brasileiros, de acordo com avaliação da Carlos Cogo Consultoria.

Questionado se isso pode afetar as vendas brasileiras, Gutierrez apresenta números positivos: seguindo o ritmo dos meses anteriores, as exportações de soja, principalmente para a China, estão bastante acima do que costuma ser registrado em novembro (2 milhões de toneladas). O mês nem começou e há previsão de embarque de 3 milhões de toneladas — de acordo com o analista da Safras & Mercado, o volume pode chegar à casa de 4 milhões de toneladas.

Brasil

Nesta quinta, as cotações domésticas também caíram. O mercado foi pressionado pelo terceiro pregão seguido de perdas em Chicago e pela desvalorização da moeda norte-americana. Não houve negócios reportados no dia.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Passo Fundo (RS): R$ 84
      • Cascavel (PR): R$ 81
      • Rondonópolis (MT): R$ 74,50
      • Dourados (MS): R$ 78,50
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 87
      • Porto de Rio Grande (RS): R$ 88
      • Porto de Santos (SP): R$ 88,50
      • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 89
      • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Novembro/2018: US$ 8,41 (-8,50 cents)
        • Janeiro/2019: US$ 8,54 (-9 cents)

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com perda de US$ 1,80 (0,58%), sendo negociada a US$ 304,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 28,39 centavos de dólar, com baixa de 0,22 centavo ou 0,76%.


Milho

Dia de forte baixa para o milho em Chicago. O contrato com entrega em dezembro fechou a R$ 3,61, recuo de 1,96% frente ao fechamento anterior. O mercado foi pressionado pelo fraco desempenho das vendas líquidas semanais, que ficaram aquém do previsto (400 mil, no mínimo), bem como pelo bom andamento do colheita no cinturão produtor americano.

Os negócios registrados na semana encerrada em 18 de setembro, somando as vendas para as temporadas 2018/2019 e 2019/2018 , chegaram a 377,5 mil toneladas. O maior importador foi o México, com 275,8 mil toneladas, aponta o USDA.

Mercado interno

A dinâmica no Brasil  apresentou poucas alterações no decorrer desta semana e a quinta-feira foi mais um dia de preços fracos. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os consumidores em geral ainda se deparam com uma posição confortável em seus estoques.

Por outro lado, aponta o especialista, a redução sistemática dos valores resultou em um menor interesse de venda por parte dos produtores, diminuindo o fluxo de negociações em alguns estados.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 39
      • Paraná: R$ 32,50
      • Campinas (SP): R$ 35
      • Mato Grosso: R$ 23
      • Porto de Santos (SP): R$ 34,50
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 34,50
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 34,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Dezembro/2018: US$ 3,61 (-7,25 cents)
        • Março/2019: US$ 3,73 (-7 cents)

Boi gordo

Com o aumento da oferta de boiadas terminadas e o consumo lento, o mercado do boi gordo perdeu força no fechamento desta quinta, dia 24. A Scot Consultoria registrou baixas em 5 das 32 praças acompanhadas; as demais se mantiveram estáveis.

No Paraná, por exemplo, a queda foi de 0,7% e a arroba recuou R$ 1 na comparação diária.

Em São Paulo, segundo a Scot, a cotação permanece estável em R$ 149, a prazo, livre de Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). As escalas de abate no estado giram em torno de cinco dias.

Atacado

Com estoques suficientes para abastecer a demanda desta época do mês, o mercado atacadista de carne bovina fechou em queda, de acordo com a consultoria. A carcaça de bovinos castrados está cotada, em média, a R$ 9,48 por quilo, desvalorização de 1,6% frente ao levantamento do dia anterior.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 147,50
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 142
          • Goiânia (GO): R$ 135
          • Dourados (MS): R$ 144
          • Mato Grosso: R$ 130,50 a R$ 134
          • Marabá (PA): R$ 132
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,55 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 148,50
          • Sul (TO): R$ 134
          • Veja a cotação na sua região

Café

As cotações do arábica subiram na Bolsa de Nova York diante da desvalorização do dólar contra o real. Fatores técnicos seguem dando sustentação e o mercado se mantém firme acima da importante linha técnica de US$ 1,20 a libra-peso.

Nos fundamentos, o cenário segue baixista em ano de safra recorde no Brasil e com outras importantes origens chegando com boas safras neste fim de ano. Mas o mercado fez um movimento sólido de recuperação técnica, e agora se mantém acima de importantes médias móveis de longo prazo.

Londres

Pressionado pela entrada da safra do Vietnã, o robusta fechou com preços mais baixos na bolsa inglesa. A colheita começa neste último trimestre e há natural peso da oferta. Os ganhos do arábica nos EUA limitaram as perdas em Londres.

Cotações domésticas

O mercado interno teve uma quinta-feira de preços estáveis e poucos negócios. A volatilidade em Nova York, mais uma vez, tirou um melhor ritmo da comercialização. A alta na bolsa americana foi compensada pela queda do dólar contra o real no dia.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

        • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 450 a R$ 455
        • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 455 a R$ 460
        • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 390 a R$ 400
        • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 333 a R$ 335
        • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

          • Dezembro/2018: US$c 121,15 (-0,9 cent)
          • Março/2019: US$c 125,05 (-1 cent)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

          • Novembro/2018: US$ 1.674 (-US$ 14)
          • Janeiro/2019: US$ 1.707 (-US$ 10)

Dólar e Ibovespa

A cotação da moeda norte-americana fechou a quinta com queda de 1,15%, cotada a R$ 3,7033 para venda. A baixa do dólar inverte a tendência de alta dos dois últimos pregões, quando a moeda acumulou uma valorização de 1,6%.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão em alta de 1,23%, com 84.083 pontos. Os papéis das grandes companhias, chamadas de blue chip, contribuíram para o fechamento positivo, com Petrobras encerrando com valorização de 2,49%, Vale com alta de 0,5%, Itaú subindo 1,16% e Bradesco em alta de 2,89%.


Previsão do tempo para sexta-feira, dia 26

Sul

Ainda sob a influência das áreas de baixa pressão atmosférica no Paraguai e na costa, as nuvens ficam mais carregadas, e a chuva segue de forma volumosa entre a madrugada e a manhã em áreas do oeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, além do sul e oeste do Paraná.

No decorrer do dia, a chuva se torna mais intensa também em áreas das regiões metropolitanas de Florianópolis e Curitiba, mas o maior risco para temporais vem à noite, com chuva forte e possível queda de granizo em áreas do centro-sul e noroeste gaúcho, metade oeste catarinense, além da maior parte do Paraná.

Os ventos seguem intensos, com rajadas acima de 80 km/h no litoral entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além da Campanha Gaúcha.

Sudeste

A semana termina com chuva generalizada na região Sudeste, ainda sob o efeito da área de baixa pressão atmosférica e das instabilidades que se formam no alto da atmosfera.

Já durante as primeiras horas da madrugada, a chuva ocorre de forma mais volumosa em áreas do Vale do Paraíba, no estado de São paulo, além do leste mineiro e Espírito Santo.

Nas demais áreas da região, a chuva ocorre em forma de pancadas rápidas e sem grande intensidade.

Centro-Oeste

A semana termina com tempo instável e expectativa de chuva em toda a região central do Brasil.

Entre Mato Grosso e Goiás, a chuva ainda ocorre em forma de pancadas rápidas, enquanto que, sobre a maior parte de Mato Grosso do Sul, a área de baixa pressão atmosférica no Paraguai mantém as nuvens mais carregadas e há potencial para novos temporais.

Nordeste

O tempo firme predomina sobre a maior parte da região. As pancadas de chuva persistem apenas no centro-sul baiano, devido à umidade que vem do oceano, mas as pancadas são fracas e isoladas.

Norte

Na sexta-feira, pouca coisa muda sobre o Norte do país, ainda com pancadas rápidas e pontuais em áreas do Amazonas, Acre e Rondônia. Nas demais áreas, o tempo firme segue predomina e faz muito calor.