Soja

'Solução precisa ser transversal', diz ministra da Agricultura sobre problemas climáticos

A ministra da Agricultura começou pelo Rio Grande do Sul uma viagem pelas principais áreas agrícolas atingidas pela estiagem

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, esteve em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul,  na manhã desta quarta-feira (12), onde começou uma viagem por estados atingidos pela estiagem.

A agenda da ministra começou no Rio Grande do Sul e continuará, até quinta-feira (13), onde passará por Chapecó (SC), Cascavel (PR) e Ponta Porã (MS).

No Rio Grande do Sul, onde 200 municípios decretaram situação de emergência, a ministra visitou a propriedade rural de Dirceu Segatto, em Buriti, no distrito rural de Santo Ângelo.

Segatto mora na região há mais de 40 anos e produz milho, soja, leite e carne. Tereza Cristina visitará uma propriedade rural em cada escala de sua viagem.

De acordo com a ministra Tereza Cristina, no momento é impossível mensurar os prejuízos da estiagem no Rio Grande do Sul e nos demais estados atingidos.

“Ainda não podemos dar números. Há lavouras que se recuperam, outras não, ainda pode chover, são graus diferentes de recuperação de lavouras. Temos de acompanhar, de monitorar, e fiz questão de vir aqui para vermos o que já podemos propor para mitigar os problemas que os Estados enfrentam. Não queremos que as pessoas abandonem a produção. Procuraremos minimizar, não resolveremos tudo, mas minimizar, se agirmos rápido e agora”, explicou.

Tereza Cristina ressaltou que o problema afeta vários estados. “É muito triste vermos o trabalho do produtor que planta, trabalha, põe adubo, sementes de boa qualidade e depois tem essa frustração”, lamentou.

A ministra ressaltou que esteve acompanhada de equipes técnicas de diversas pastas para que as ações sejam transversais e estruturais. “Precisamos de soluções estruturantes. Por isso, não estou apenas com técnicos do Ministério da Agricultura. Estão conosco técnicos do Banco Central, do Ministério da Economia, eu já tive conversas com o ministro do Desenvolvimento Regional, para que seja apresentada uma solução conjunta”, disse.

Ainda no Rio Grande do Sul, a ministra recebeu um ofício do Governo do Estado e de entidades lembrando que a maioria dos municípios têm relevante dependência da agropecuária e que a situação de perdas provocadas por estiagens traz enormes prejuízos para a economia, o meio ambiente e a sociedade em geral, considerando que o agronegócio é responsável por mais de 40% do PIB estadual, com participação superior a 60% nas exportações totais do Rio Grande do Sul.