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Trigo: tendência é baixista a partir de agosto, aponta Cogo

Com clima favorável e aumento de área no Brasil, a produção deste ano pode ser recorde, segundo a consultoria

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Foto: Joseani Antunes/Embrapa Trigo

Os preços do trigo devem continuar estáveis em patamares elevados até o fim da entressafra, em agosto/setembro, de acordo com a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio. O dólar do patamar acima de R$ 5 e as cotações internacionais firmes elevam os custos de importação no Brasil.

“A partir de agosto/setembro o viés é baixista para as cotações internas, com o clima favorável à safra brasileira de 2020 e aumento da área plantada, há potencial de produção recorde no país”, diz.

Segundo a consultoria, o plantio de trigo na região Sul está próximo do fim e, com o clima favorável, há otimismo quanto à produção desta safra e os valores do cereal no mercado de lotes (negociações entre empresas) estão mais enfraquecidos em algumas localidades.

“O ritmo de comercialização antecipada da safra brasileira de 2020 recuou nos últimos dias, com os produtores aguardando o desenvolvimento da safra para comprometer maior volume, enquanto os moinhos já adiantaram as compras para alongar estoques”, informa.

Cotações do trigo

No acumulado entre janeiro e julho de 2020, os preços do trigo em grãos FOB produtor do Paraná registram forte alta de 39,8%, mas já recuaram 2,7% nos últimos 30 dias.

Na região de Ponta Grossa (PR), o preço está entre R$ 1.300 e 1.350 por tonelada para entrega imediata; R$ 1.100 por tonelada para setembro; R$ 1.000 por tonelada para entrega em outubro e R$ 900 por tonelada para novembro (valores FOB).

No Rio Grande do Sul, as cotações oscilam entre R$ 1.150 a R$ 1.200 por tonelada FOB Serra Gaúcha e R$ 950 por tonelada colocada no Porto de Rio Grande em dezembro de 2020.

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